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Compreenda o Cliente

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Conhecer os seus clientes é o melhor que pode fazer pelo seu negócio e pelos seus clientes.

Para começar, se não conhecer os seus clientes vai ser difícil para si percebes quais as suas necessidades, e com isso satisfazê-las.

Não conhecendo o cliente pode facilmente interpretar mal o que lhe é pedido, ou interpretar bem correctamente o que lhe é pedido, mas poder fazer muito mais pelo clientes, em menos tempo, ou com um custo muito menor, e perder a oportunidade.

Conhecer o cliente é o primeiro passo. Saiba o que ele faz, como o faz, como fala do que faz. Aprenda o seu jargão, os termos técnicos que o seu cliente usa, especialmente aqueles que estão mais relacionados com o seu trabalho.

Por muito periférico para o negócio do seu cliente que o seu trabalho seja, o seu trabalho é sempre relevante para esse negócio. De outra forma o seu cliente não estaria a investir no seu trabalho.

Mas é preciso mais do que conhecer o seu cliente. É preciso conhecê-lo profundamente. Quanto mais conhecer o seu cliente mais poderá adaptar o seu trabalho ao negócio do seu cliente. Tente perceber o que o seu cliente vê como fonte de rendimento e o que ele vê como origem de despesas. Saiba que áreas de negócio ele pretende abandonar e para quais se pensa expandir.

Mas conhecer o negócio do seu cliente não é o suficiente. É necessário que o compreenda, que saiba por que razão ele faz as coisas da forma como as faz, que procedimentos ele gostaria de optimizar ou de abandonar, de substituir ou de criar. Mas não se limite a saber, perceba o porquê.

Se o cliente pretende alterar um processo que a si lhe parece já tão optimizado quanto possível, provavelmente há alguma coisa que não percebeu. Talvez a optimização actual esteja tão vocacionada para a situação mais normal que obriga a um esforço demasiado grande nas restantes situações. E talvez essas situações ocorram mais vezes do que tinha sido estimado.

Se optar por fazer o que o cliente lhe pede sem o perceber pode acabar por implementar exactamente o que lhe foi pedido mas a nova solução não estar nem um pouco mais próxima de satisfazer o cliente do que aquela que tentou corrigir, pois corre o risco e criar novos problemas ao resolver aqueles de que o cliente se queixa.

Mas se perceber o cliente, se entender como os vários fluxos de trabalho do cliente se interligam poderá pensar na melhor forma de os organizar para maximizar a eficiência dos processos.

Mas veja os processos do ponto de vista do cliente, não do seu. Aquilo que para si parece ser um encadeamento lógico de acções pode não fazer sentido para o cliente, seja porque os processos que está a encadear são executados por pessoas diferentes, seja porque para o cliente dependem de outro processo que não está a relacionar com estes, seja porque na cabeça do cliente o encadeamento lógico é outro completamente diferente.

Veja, sempre, os processos da perspectiva do cliente, pois é para ele que, em última análise, os processos têm que fazer sentido.


Posts e Links

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Alguns bloggers, talvez por terem vários blogs, pouco tempo, e quererem adicionar conteúdo em todos os blogs acabam por em alguns deles adicionarem posts cujo único conteúdo é uma lista de links para posts de outros blogs.

Se por um lado para os seus leitores estes posts podem até ser importantes, no sentido em que os ajudam a encontrar os conteúdos mais relevantes em cada momento, por outro lado são pouco relevantes, especialmente para os leitores mais assíduos.

As pessoas realmente interessadas numa área vão guardando bookmarks para os sites que acham interessantes, e no caso dos utilizadores com agregadores de feeds além dos bookmarks vão adicionar o feed do blog ao agregador utilizado.

Se verificarem regularmente (diariamente ou mais frequentemente) os feeds que adicionam ao agregador vão acabar por receber as novidades linkadas nestes posts praticamente ao mesmo tempo que o blogger, que depois vai listar estas novidades num dos seus posts.

Este aspecto faz com que ao fim de algum tempo estes posts deixem de ser interessantes para serem apenas memórias de posts que já leram.

Por outro lado, para os restantes bloggers da mesma área estes posts são, na melhor das hipóteses proxies para os blogs que têm o conteúdo real. Muitas vezes, mesmo que o conteúdo tenha sido descoberto pelos links colocados nestes posts, os posts ou o blog não são sequer referidos.

Ok, dizem-me, estes posts são irrelevantes, mas não são prejudiciais. Não sei. Se por um lado adicionar posts regularmente pode fazer com que o site seja indexado mais regularmente pelos motores de pesquisa, por outro lado estes posts não têm nada de interessante para indexar, nada que os torne únicos no universo das páginas indexadas, pelo que na maioria das vezes não lhes será dada relevância especial.

Outro aspecto a considerar é que ao adicionar apenas este tipo de posts num blog corre-se o risco de perder utilizadores, que deixem de ter interesse nos links publicados.

Mas, então, não devemos criar links para outros blogs e outros posts? Sim, devemos. A Web depende disso. Não seria, aliás, uma teia sem estas ligações. Mas há outras formas de o fazer.

Ao invés de simplesmente listar todos os posts que considera relevantes, escolha aquele, ou aqueles, que ache realmente importantes e além de linkar para esses posts, inspire-se neles, diga o que pensa do exposto pelo autor, se concorda, com o que concorda e porquê, diga em que discorda dele e porquê.

Sim, isto demora mais tempo do que listar seis ou sete posts, mas o conteúdo gerado é também muito mais, e muito mais relevante.

Além disso, o post resultante é bastante mais linkável que uma lista de links, e é menos provável que os seus leitores percam o interesse, porque apesar de poderem já ter lido o post original, desta forma ficam a saber a sua opinião acerca desses posts.

Digam-me. Preferem encontrar em blogs links comentados ou listas de links, apenas com o título do post original?


Exponha as suas opiniões

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Dizer o que pensa pode ser uma optima forma de obter novas ideias.

Por um lado, o simples facto de se forçar a concretizar os seus pensamentos, de os exprimir de forma que os outros os consigam compreender ajuda-o a si próprio a compreendê-los melhor.

Por outro lado, apenas quando as outras sabem qual é a sua ideia ou opinião podem confronta-la com as deles, e dar-lhe feedback, dizer-lhe em que concordam, mas principalmente em que discordam de si (e, se tiver sorte, porque discordam).

Claro que nem todas as ideias precisam ser publicamente expostas. Não precisa de de tornar-se o Hunter (do filme Boys and Girls) a defender que devemos atirar os idosos aos lobos.

Por outro lado pode reservar aquelas ideias que acha que poderão dar bons negócios, ou que de alguma maneira poderá rentabiliza, para pessoas que sejam de confiança, pessoas em quem saiba que pode confiar, pessoas que saiba que não vão agarrar a sua ideia e implementá-la como se fosse própria.

E já agora, uma vez que expôs os seus pensamentos ou opiniões, e se até recebeu algum feedback, não se faça de Maria Ofendida e tente perceber se existe algo que possa aproveitar em cada uma das criticas que recebe, se são apenas pontos de vista diferentes, ou até se são ideias adicionais que podem ajudar a melhorar a sua.