Muito se escreve hoje sobre problogging, mas será que os “probloggers” de topo, aqueles que realmente ganham dinheiro sério na Web são Probloggers? Ou será que na realidade são empreendedores Web, para quem os blogs são um dos meios utilizados?
É realmente comum ver posts, tutoriais, manuais, livros e ebooks sobre como ganhar dinheiro com blogs, como ficar rico com o adsense, e muito mais. Mas se realmente formos dissecar um pouco mais os negócios de muitos dos mais bem pagos bloggers do mundo vamos descobrir que os blogs não são a sua única fonte de rendimentos, e muitas vezes nem sequer são a mais importante.
Um dos primeiros blogs sobre ProBlogging foi o ProBlogger, mas desde o ínicio, o blog era mais uma forma de promover o curso Six Figure Blogging. E o curso certamente ajudou a levar os rendimentos do Darren Rowse bem mais do que o blog ProBlogging. E claro, este não era o único blog do Darren.
Outros exemplo podem ser fácilmente encontrados. O blog SEOmoz é apenas uma forma de publicitar os serviços da empresa que responde pelo mesmo nome.
O mesmo cenário repete-se com a maioria dos bloggers que realmente fazem dinheiro com Web. Nalguns casos os blogs são um meio de divulgar um negócio mais tradicional, noutros casos uma forma de divulgar outros negócios baseados na web.
Mas inúmeros negócios baseados na Web são hoje noticia um pouco por todo o mundo por terem levado os empreendedores que estão na sua origem a níveis de riqueza impensáveis antes desses negócios.
Casos como o Facebook ou o MySpace são alguns dos muitos exemplos.
A grande vantagem deste tipo de negócios é que eles trabalham para si, enquanto um blog normalmente depende do seu autor para crescer e manter os seus níveis de rendimento.
Existem outro tipo de sites que podem ser bem mais rentáveis que um blog. Mesmo sites cujo interesse seja o conteúdo. Um fórum, por exemplo, depois de estabelecida uma comunidade mantém-se por tempo indeterminado com manutenção mínima por parte do seu criador, que é normalmente a única (ou das poucas pessoas) que realmente lucra com o fórum.
Uma loja online, apesar de necessitar de algum trabalho constante, como o envio das encomenda e a gestão dos stocks, pode muito mais facilmente ser delegada numa terceira pessoa do que um blog.
Qualquer tipo de site social, depois que começa a ganhar momento, depende muito menos do seu criador do que um blog. E pode ser muito mais rentável. em primeiro lugar porque tem muito mais razões para atrair visitantes do que um blog. Com um blog, mesmo um blog colectivo, ou se gosta do que o(s) autor(es) escrevem ou não. Mas com um site social, por exemplo, com um site de social bookmarking (como o Digg, o delicious ou o sites Favoritos), pode utilizar-se esse site apenas para próprio benefício (para guardar os próprios bookmarks, e tê-los disponíveis em qualquer lugar) ou para acompanhar a opinião da comunidade ou de um conjunto restrito de pessoas (amigos, conhecidos, colegas de trabalho, etc).
E com essa maior capacidade de atrair utilizadores, esse tipo de site tem uma maior capacidade de gerar receitas do que um simples blog.
Isso não significa que não seja possível viver bastante bem apenas de blogs. Com tempo, dedicação e sorte é possível criar blogs que gerem 4 digitos de receitas mensais, talvez até 5 digitos. Mas não penso que seja possível que esse blogs tenham um rendimento além dessa escala.
Não penso que venhamos a ter um blog que se aproxime da escala de negócios como oFacebook ou o MySpace, ou mesmo ao nível de um Sapo ou IOL, que representam volumes de facturação muito menores que os primeiros.
Ainda assim, um blog é uma forma melhor de começar do que não começar. Mas deve pensar noutras forma de tirar partido da web, de outras coisas que gostaria de ter online, e que hoje não consegue encontrar.
Um fórum sobre tunning de carros pode ser uma ideia tão boa como qualquer outra. Quanto menor for o esforço que tiver que despender regularmente na manutenção do seu site, mais livre fica para criar novos sites, novos negócios, ou para adicionar novas funcionalidades ao seu novo negócio, sendo cada vez mais um webtrepreneur e menos umblogger.
E se, por um lado, os blogger são aconselhados a procurar os próprios nichos, oswebtrepreneurs devem procurar segmentos de mercado, tão grandes quanto possível, que estejam muito mal servidos, que precisem de soluções inovadoras, e dar-lhes essas soluções.
se por um lado, para quem vive de publicidade, o conteúdo é rei, para quem vive de produtos ou serviços que presta, a satisfação do cliente é a corte completa.