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Impressão – Permitir ou proíbir?

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Alguns blogs insistem em tentar proibir os seus leitores de imprimir os seus conteúdos. Outros têm templates especiais para impressão, em que a navegação do site e outros items não relevantes em papel são retirados.

Mas, que deve fazer, proíbir a impressão, ou torná-la mais simples?

Vantagens de proíbir

Do lado de quem torna a impressão mais difícil, de quem a proíbe, esta o interesse em proteger os seus conteúdos. Manter um blog é uma tarefa que implica tempo, e o conteúdo original é a mais morosa de todas as tarefas que um blog implica, talvez mais morosa mesmo que a promoção do blog, mesmo quando falamos de promoção em muito larga escala.

Escrever dois ou três artigos originais por dia não é simples.

E dificultar a impressão é apenas uma pequena parte das coisas que este grupo de criadores de conteúdos faz. Tentam dificultar a tarefa de ver o código fonte do site, de selecionar o texto, e muito mais. Tudo em nome da proteção dos seus direitos.

Eu percebo esta estratégia. Percebo, mas não concordo com ela.

Antes de mais, na maioria das vezes, quem imprime um artigo não pretende copiá-lo. Pretende lê-lo mais atentamente, offline.

Se o objectivo é copiar, é muito mais simples fazê-lo directamente do browser, com uma simples operação de copy&paste. Mesmo quando se utilizam técnicas (normalmente em javascript) para tornar mais difícil a copia do conteúdo, é ainda possível ultrapassar essas protecções, se não for de outra maneira, desactivando o javascript.

Vantagens de facilitar a impressão

A principal vantagem de facilitar a impressão é o controlo sobre a versão impressa.

Querendo ou não, vai sempre haver quem imprima os seus conteúdos, e se optar por dificultar a tarefa, não vai ter qualquer controlo sobre o que vai ser impresso, nem como.

Mas se optar por criar um template de impressão, vai poder definir o aspecto que os seus conteúdos vão ter quando forem imprimidos. Vai poder, principalmente, decidir que elementos da sua página vão ser impressos e quais vão desaparecer na versão impressa.

Recentemente tenho encontrado muitos blogs que mudaram a sua postura em relação a este tema. O problogger, por exemplo, permite agora imprimir os conteúdos, e estes são impressos sozinhos na página, sem navegações, sem comentários, sem mais nada. Acho que o Daren perde aqui uma excelente oportunidade de difundir um pouco mais o seu blog, e até, talvez, de o rentabilizar um pouco mais, mas isso são questões para outras núpcias.

O controlo sobre o resultado impresso permite, por seu lado, pensar numa forma de melhor promover a sua marca, mesmo offline. Se o template utilizado destacar claramente a sua marca, e em especial, se o seu URL estiver devidamente visível no inicio e no fim do conteúdo impresso, qualquer pessoa que veja essa impressão irá, provavelmente, aperceber-se do seu logotipo, da sua marca, e do url do seu site/blog.

E não vejo que o medo, que possa existir, de que os conteúdos sejam copiados por quem os imprimiu, ou por qualquer outra pessoa, não me parece um medo razoável, pois dá muito mais trabalho copiar texto a partir do papel do que de uma janela de browser.

Recomendação

Crie uma versão do seu CSS para impressão (media=”printer”), e aproveite para criar um design que fique agradável depois de impresso. Pense na impressão dos seus conteúdos como num artigo publicado numa revista.

Coloque o seu logotipo e o seu URL bem visiveis (não exagere, o equilibro estético é essencial) no inicio e no final do texto e não imprima coisas que não sejam relevantes para o seu leitor.

Faria apenas um excepção à sugestão anterior de não imprimir coisas irrelevantes… Se tiver anúnciantes que pretendam financiar esta versão impressa, que não dependam do URL para a sua promoção, aproveite. Mas, claro, venda este espaço numa base temporal (um determinado valor por um periodo de dias), ou por visualização (no caso, por impressão) – é díficil clicar num banner no papel….


10 coisas a verificar com o seu novo webdesigner

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Muitas vezes pensar em criar um novo site ou recriar um já existente é por si só um passo suficientemente grande. No entanto há questões em que é preferível pensar desde já do que ter que pensar nelas mais tarde e ter chegado a um beco do qual não pode sair a ganhar.

Assim, aqui ficam 10 coisas que deve considerar ao contratar um novo webdesigner.

Direitos sobre o site

A questão sobre quem fica com os direitos sobre todo o trabalho realizado durante a criação do seu site pode não lhe parecer relevante de momento, mas quando decidir mudar de designer a importância dessa questão vai tornar-se evidente.

Se estes direitos não forem negociados na contratação, quando quiser mudar de designer provavelmente irá descobrir que não pode manter o design actual do site, ou sequer dos textos que estão no seu site porque o direito de autor não foi negociado, e agora o designer diz que não lhe vendeu o direito de reutilizar o design e os textos, e que estes lhe pertencem, pelo que não poderá utilizá-los, a menos que continue com ele.

Contactos no registo do domínio

Quando se regista um domínio são registados quatro contactos associados a esse domínio. Um desses contactos é o do proprietário do domínio.

Teoricamente esse contacto seria o do contratante, você. No entanto, isso nem sempre acontece. Mesmo quando as regras obrigam a que o domínio seja registados por ou para entidades com essa designação ou detentoras da marca (como os .pt) isso não acontece.

Existem muitos domínios .pt em que o contacto do proprietário é igual ao contacto técnico… O do designer ou da empresa de webdesign que fez o site.

Isto faz com que no dia em que pretenda mudar de designer terá dificuldades em alterar o registo do domínio. Dificuldades desnecessárias se salvaguardar esta situação desde o inicio.

Originais do design

Criar um novo design para um site, especialmente quando se trata de um design original é a parte mais complexa da criação de um site, especialmente se não tiverem que ser implementadas funcionalidades especiais, como acontece na maioria dos sites para as pequenas e médias empresas.

Claro que se o que se pretende é fazer um site igual a todos os outros que existem na internet, ou baseado num qualquer template grátis (ou barato), esta questão não se coloca. Mas se realmente está a investir no seu site, e paga mil (ou dois mil, ou mesmo mais) euros para que seja criado um design exclusivo para o seu site, de acordo com a imagem global da sua empresa, então não se esqueça de negociar e pedir que lhe sejam fornecidos todos os ficheiros criados durante as várias fases de criação do site, incluindo os ficheiros originais (.PSD ou outros equivalente), e as imagens intermédias.

Na altura será simples ao web designer copiar todos estes ficheiros para um CD, que depois poderá fornecer a quem no futuro irá alterar o seu site se decidir mudar de designer.

Emails no seu domínio

É muito comum hoje ver empresas com domínios próprios e emails no sapo, no iol, no clix, no gmail ou em qualquer outro dos webmails gratuitos. As minhas desculpas, mas isto parece-me tudo menos profissional.

O email é a primeira forma de divulgar o seu site e a sua empresa. Se o seu email é bifenoprato@sapo.pt, cada vez que um dos seus clientes ou fornecedores lhe enviar um email estará a dividir a atenção que poderia dar à sua marca com o sapo. Se for bnp123@clix.pt então esqueça, porque não apenas estará a dividir a atenção, como a sua marca nem sequer será percebida pelo seu cliente ou fornecedor.

Em contrapartida, se o seu email for zebatata@bifenoprato.pt, não apenas o seu contacto irá rever e lembrar a sua empresa, como também a si próprio, e o relacionamento pessoal que vos liga. Isto pode não fazer nenhuma diferença em que não existe nenhum contacto físico entre os vários intervenientes em muitas das fases dos negócios para além do email, mas para uma pequena empresa em que todos os contactos nos conhecem pessoalmente e em que a continuidade da relação depende muitas vezes da relação pessoal, estes pequenos detalhes podem fazer uma grande diferença na hora de renovar ou rescindir um contracto.

Lembre-se, quando escreve email para os contactos da sua empresa, é apenas o nome da sua empresa que você pretende que apareça nos seus emails. É a si e na sua empresa que você quer que as atenções sejam disponibilizada.

E você só consegue isso se o seu email for um email do seu domínio, do mesmo domínio onde está o seu site.

Optimização para a pesquisa

Colocar um site na primeira página do Google para as dezenas (ou centenas) de palavras chave que podem ser utilizadas para pesquisar os produtos que a sua empresa vende pode nem sempre ser simples, mas limites abaixo dos quais não é aceitável descer.

Um site empresarial com uma introdução em flash pode ser muito bonito. Mas pode retirar o seu site completamente dos motores de pesquisa. Assim, introdução em FLASH é um grande NÃO! Jamais!!!

Como isto existem várias outras questões a considerar. Nada com que se deva preocupar. Mas deve preocupar-se em verificar se a empresa que contrata faz alguma ideia do que está a fazer. Pergunte-lhes se conseguem que o site seja completamente indexado. Isto não é difícil se a estrutura do site for bem pensada e criada e houver um link ou dois para o site.

A menos que a empresa tenha recursos com conhecimentos razoáveis de Optimização Web não espere que lhe saibam explicar o que é Indexação com Semântica Latente e como funciona, mas devem pelo menos perceber que coisas como frames, javascript (incluindo AJAX) e flash devem ser implementadas com cuidado e conhecimentos, e que coisas como o URLs ou a profundidade do site são muito relevantes para que parte do site será indexado.

Usabilidade

Há uns anos, quando estava no IOL, o Mais Futebol tinha o menu principal (aquele que agora está à esquerda do site, por baixo do flash do ao vivo e do banner) num local diferente consoante a secção do site onde nos encontrávamos. Nuns locais estava do lado direito, noutro no lado esquerdo, umas vezes mais acima, outras mais abaixo.

Felizmente foi refeito entretanto… infelizmente ainda tem algum caminho para percorrer. Por exemplo, a homepage do Mais Futebol tem bem mais de 100 links. Mas não nenhuma consistência entre esses links. Numas situações os destaques para os artigos têm link apenas no titulo, noutros caso têm o link no titulo do destaque e no lead (o texto pequeno que acompanha o titulo), e noutra situação ainda (o Sobe e Desce) o link está apenas no texto pequeno, sendo que o titulo não tem links.

Mas mais do que isso, não existe uniformidade sequer na cor dos links. Existem na página links azuis, vermelhos, cinzentos, amarelos, laranja e vermelho escuros (que tenha visto). Uns links estão a negrito, outros não, e outros ainda têm texto misto. Nalguns locais é utilizada uma espécie de seta formada por seis pontos junto dos títulos dos artigos. Nalguns locais essa seta tem link para o artigo, noutros não tem.

Com o tempo os utilizadores acabam por se habituar a estes detalhes (e outros), mas a verdade é que ao contrário de um site como o mais futebol, o site da sua empresa pode ser visitado apenas uma vez por muitos dos seus potenciais clientes. E você não pretende que eles vão comprar ao seus concorrente mais próximo porque não conseguiram descobrir como chegar aos seus contactos, ou quer?

É essencial que o site de uma empresa seja apresentável, mas o bonito é secundário. O mais importante é que os seus visitantes consigam fazer facilmente o que pretendem. Especialmente se o que pretendem é encontrar o seu telefone para lhe ligar, ou obter detalhes acerca dos seus produtos.

Acessibilidade

Voltamos ao mesmo, mas uma introduções em flash, sem qualquer link fora do flash, por exemplo, é um obstáculo intransponível para qualquer visitante que não tenha o flash instalado. E sim, são bem mais do que poderá pensar.

Centenas de links numa página, por muito organizados que possam parecer no seu browser são uma confusão praticamente intolerável para um visitante cego que utilizado um browser sonoro para navegar no seu site.

O site deve ser simples, e deve ser fácil chegar a qualquer parte do seu site sem dificuldade, mesmo sem CSSs. Sim, não é muito importante se sem CSSs o seu site fique com um aspecto arcaico. É importante é que seja simples encontrar qualquer coisa que se pretenda encontrar dessa forma. Pode ser assim que o vê quem não tem a ultima versão dos browsers mais modernos. E acima de tudo é assim que o vêem a maioria dos motores de busca.

Requisitos para actualizar o site

Hoje que está a criar o primeiro site para a sua empresa pode não se lembrar da importância de poder actualizar o seu novo site. Mas daqui a dois meses quando tiver um novo produto para divulgar ou precisar de mudar o número de telefone da empresa, essa questão vai tornar-se importante.

Mas precisa de pensar nisso desde já. Quais são os requisitos necessários para actualizar o seu site? Precisa de saber HTML? Precisa das ferramentas de webdesign para alterar directamente o ficheiro flash dentro qual todo o site está? Existe um interface web através do qual pode alterar os conteúdos do site?

Hoje o mínimo aceitável é que seja possível alterar pelo menos os conteúdos do site através de uma página que lhe deve ser fornecida. Mas mesmo assim as opções são muitas. Nuns casos é-lhe permitido alterar apenas algumas partes do site, noutros caso é-lhe permitido alterar todo o site.

Não concordo com dar controlo total do site ao gestor do site, porque isso pode conduzir a acidentes que ninguém pretende que aconteçam (como apagar o site, ou danificar a sua estrutura), mas ligar ao seu web designer de cada vez que pretende adicionar uma qualquer informação no seu site é muito mais do que se pode considerar aceitável. Especialmente se todas essas alterações lhe são facturadas e poderiam ser feitas de forma simples por si.

No fundo coloca-se a questão de saber o quanto você tem capacidade de fazer e quanto gostaria de poder fazer. Alterar os textos que aparecem no seu site, na minha opinião, está dentro das capacidades de qualquer empresário, por muito pouco que saibam de computadores.

Conhecimentos da firma

Que tipo de empresa é que está a contratar?

Está a contratar um designer independente, que faz pequenos sites enquanto acaba o curso, ou nos tempos livros do trabalho principal, que apenas por acaso nem está relacionado com informática?

Ou está a contratar uma micro empresa com duas ou três pessoas? Ou uma pequena empresa que tem quase tantos comerciais como designer e programadores, que fazem sites em série?

A empresa têm pessoas especificas para que tarefas? É comum hoje as empresas que trabalham na área de internet terem designers (na maioria dos casos não são webdesigners) e programadores. E as restantes tarefas, são desempenhadas por quem? Por exemplo, quem se encarrega da usabilidade? Alguém verifica se o site está optimizado para os motores de pesquisa? Campanhas de marketing na Web, fazem a gestão delas? As tarefas que são feitas internamente, têm algum parceiro que as faça para os clientes deles?

Se todas as áreas estão cobertas, por certo se trata de uma empresa de excepção. Será que lhe apresentam as pessoas que fazem cada uma dessas tarefas? Aquelas que vão trabalhar no seu site? Será que cada uma delas lhe pode dizer brevemente aquilo que faz?

Divulgação do site

Uma vez que o seu site esteja finalizado vai ser preciso divulgá-lo. A empresa ou a pessoa que está a contratar irá fazer também esse trabalho de divulgação?

Que formas de divulgação utilizado e que custos é que isso terá? A empresa que está a contratar tem um site? Irá divulgar o seu site no próprio site? Em que parte do site e durante quanto tempo?

Campanhas de marketing nos motores de pesquisa? Em quais é que propõe fazê-lo? E que experiência tem com esses motores de pesquisa? Criar uns anúncios no Google ou no sapo é simples, mas que palavras é que serão utilizadas? Certamente que não será pelo nome da empresa, pois quem procura o nome da sua empresa já o conhece. Interessa que as campanhas sejam feitas utilizando palavras e expressões, que apesar de estar relacionadas com os seus produtos não lhe sejam exclusivas. Uma resposta tirada da cartola não é normalmente bom sinal. Implementar uma campanha de marketing de pesquisa implica conhecer bem o seu mercado, os seus produtos e os seus concorrentes. Qualquer vendedor sério que acabou de entrar pela porta da sua loja pela primeira vez pode apenas dar-lhe orçamentos para a criação da campanha, não poderá de forma nenhuma dizer-lhe que custo essa campanha terá.

Irá divulgar o seu site através da criação de links noutros sites? Que tipo de sites?

Extra – Peça respostas por escrito ou nem peça

As informações que ficam no ar, na verdade ninguém as apanha nunca. Todas as informações devem ficar escritas, incluindo todas as funcionalidade do site, todas as tarefas que serão executadas e o custo que cada coisa representa.

Se não receber um orçamento mais formal, pelo menos deve ter um email com todas estas questões respondidas, que esclareça todas as dúvidas. Assim, quando chegar a hora de verificar a conclusão do trabalho já não haverá questões acerca do que é suposto existir. E o mesmo, claro, no dia em que decidir mudar de fornecedor.


Conteúdos e Design

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Uma das questão mais frequentes que se coloca quando se desenvolve um site é a relevância que se deve dar ao design e ao conteúdo de um site. Se por um lado acho que a questão pode ser relevânte, por outro acho que as discussões habituais são mais irrelevantes e inconsequentes do que o problema inicial que as origina.
Mas a verdade é que este problema é na realidade a conjugação de dois problemas distinctos.

O primeiro problema é uma questão de gosto e de marca, de marketing. O segundo tem a ver com implementação.

O problema de Marketing

Este tem a ver com a própria aparência de um site, e cada um de nós tem gostos especificos no que a isto respeita. Eu, pessoalmente, gosto de sites com uma aparência limpa, que mostram em primeiro lugar o mais relevante, e que me permitem encontrar facilmento o que procuro, mas que não me tentar sobrecarregar com informação excessiva.

Da mesma forma que gosto de marcas focadas, que não englobam demasiados serviços ou productos que não estejam relacionados. Gosto de olhar uma marca e pensar “Estes são os gajos que fazem Telemóveis” (Nokia) ou “Estes são os gajos da pesquisa” (Google). Sim, eu sei que estas marcas englobam outros produtos, mas a verdade é que associo de forma mais ou menos automática estas marcas a estes produtos/serviços.

E gosto menos de marcas que não consigo identificar com um produto em particular, ou com um tipo de produtos, talvez porque são marcas que têm uma imagem mais dissolvida, como seja, por exemplo, a Mitsubishi, alguém me diz qual é o negócio deles? São os Medicamentos (pela Mitsubishi Pharma), os Carros (pela Mitsubishi Motors), os Electródomésticos (pela Mitsubishi Electrónics) ou a Consultoria (pela Mitsubishi Research Institute)? Como sabemos de qual delas estamos a falar quando a imagem que vemos é o triplo losanglo?

É neste sentido que gosto de sites mais focados, directos ao assunto, que falem de tudo o que se relacione com um assunto, mas que esse assunto esteja visivel em tudo o que se pode encontrar nesse site.

Da mesma forma que gosto de sites que sejam leves, com poucas imagens, sem animações desnecessárias, e que permitem ao utilizador com 5 segundos de observação saber que tipo de conteúdos pode encontrar no site, e como pode chegar até eles, e que lhe permita chegar a esses conteúdos com o minimo de dificuldade, sem passos desnecessários.

Mas isso é uma questão de gosto e de marketing, é uma questão pessoal e de marca. Pessoal no sentido em que o que eu considero um site bem conseguido pode ser simplista para outra pessoa, ou um site que outros consideram muito bom ter na minha opinião “demasiada bonecada”. O oposto pode acontecer, mas será raro. É uma questão de marca, pois tem mais a ver com o posicionamento e o mercado de uma marca, ou de um site.

O problema de implementação

Visto o problema de marketing, temos ainda o problema de implementação. O mesmo tipo de imagem pode ser implementada de várias formas, sendo as duas mais comuns e mais contrastantes a utilização de tabelas e de DIVs, isto é, utilizando posicionamentos controlados com tabelas ou utilizando blocos flutuantes, que depois são posicionados e alinhados utilizando CSSs.

Claro que estamos ainda a um nível razoávelmente superficial, que iremos em seguinda aprofundar. Mas mesmo a este nível as diferenças são grandes, principalmente no que respeita à quantidade de código HTML necessário para criar um mesmo design, e à flexibilidade que esse design tem.

Utilizando DIV, é facil, por exemplo, esconder um DIV quando se pretende imprimir uma página, criando apenas um código HTML para a página, e formatá-la de forma diferente consoante está a ser visto num monitor ou a ser impressa.

Mas, perguntam, podemos fazer com DIV e similares tudo o que fazemos com tabelas? Bem, talvez nem tudo, mas existem muito poucas situações em que sejam realmente necessárias as tabelas ou em que elas tragem realmente uma mais valia. Apesar disso existem algumas. Mas poucas ou nenhumas delas têm a ver com design, a maioria têm realmente a ver com a criação de tabelas de dados.

Mas que vantagem existem em utilizar DIVs em detrimento das tabelas, perguntam-me.

Bem, em primeiro lugar reduz bastante o tamanho do vosso código HTML, e se por um lado a dimensão de uma página já não é tão relevante quanto foi noutros tempos, ainda existe um número razoável de pessoas a utilizar modem de 56 Kbps (Kilobits por segundo), e que precisam de vários segundos para carregar uma página de 50 KB (Kilobytes – 1 byte equivale a 8 bits), e ainda sem contar com os diversos ficheiros associados a essa página.

Por outro lado a relevância agora é da quantidade de código necessário à formatação do conteúdo. A relação entre a quantidade de conteúdo encontrado numa página e a dimensão total dessa página é hoje um dos factores que os motores de pesquisa consideram quando indexam uma página nos seus indices, pelo que reduzir a quantidade de código HTML presente numa página é uma boa forma de começar a aumentar a relevância dessa página nos motores de pesquisa.

É ainda um problema de implementação a forma como os conteúdos se integram na estrutura e no design… mas isso é talvez assunto para aprofundar noutro post, um destes dias.