Tag Archives: empresas

10 coisas a verificar com o seu novo webdesigner

Published by:

Muitas vezes pensar em criar um novo site ou recriar um já existente é por si só um passo suficientemente grande. No entanto há questões em que é preferível pensar desde já do que ter que pensar nelas mais tarde e ter chegado a um beco do qual não pode sair a ganhar.

Assim, aqui ficam 10 coisas que deve considerar ao contratar um novo webdesigner.

Direitos sobre o site

A questão sobre quem fica com os direitos sobre todo o trabalho realizado durante a criação do seu site pode não lhe parecer relevante de momento, mas quando decidir mudar de designer a importância dessa questão vai tornar-se evidente.

Se estes direitos não forem negociados na contratação, quando quiser mudar de designer provavelmente irá descobrir que não pode manter o design actual do site, ou sequer dos textos que estão no seu site porque o direito de autor não foi negociado, e agora o designer diz que não lhe vendeu o direito de reutilizar o design e os textos, e que estes lhe pertencem, pelo que não poderá utilizá-los, a menos que continue com ele.

Contactos no registo do domínio

Quando se regista um domínio são registados quatro contactos associados a esse domínio. Um desses contactos é o do proprietário do domínio.

Teoricamente esse contacto seria o do contratante, você. No entanto, isso nem sempre acontece. Mesmo quando as regras obrigam a que o domínio seja registados por ou para entidades com essa designação ou detentoras da marca (como os .pt) isso não acontece.

Existem muitos domínios .pt em que o contacto do proprietário é igual ao contacto técnico… O do designer ou da empresa de webdesign que fez o site.

Isto faz com que no dia em que pretenda mudar de designer terá dificuldades em alterar o registo do domínio. Dificuldades desnecessárias se salvaguardar esta situação desde o inicio.

Originais do design

Criar um novo design para um site, especialmente quando se trata de um design original é a parte mais complexa da criação de um site, especialmente se não tiverem que ser implementadas funcionalidades especiais, como acontece na maioria dos sites para as pequenas e médias empresas.

Claro que se o que se pretende é fazer um site igual a todos os outros que existem na internet, ou baseado num qualquer template grátis (ou barato), esta questão não se coloca. Mas se realmente está a investir no seu site, e paga mil (ou dois mil, ou mesmo mais) euros para que seja criado um design exclusivo para o seu site, de acordo com a imagem global da sua empresa, então não se esqueça de negociar e pedir que lhe sejam fornecidos todos os ficheiros criados durante as várias fases de criação do site, incluindo os ficheiros originais (.PSD ou outros equivalente), e as imagens intermédias.

Na altura será simples ao web designer copiar todos estes ficheiros para um CD, que depois poderá fornecer a quem no futuro irá alterar o seu site se decidir mudar de designer.

Emails no seu domínio

É muito comum hoje ver empresas com domínios próprios e emails no sapo, no iol, no clix, no gmail ou em qualquer outro dos webmails gratuitos. As minhas desculpas, mas isto parece-me tudo menos profissional.

O email é a primeira forma de divulgar o seu site e a sua empresa. Se o seu email é bifenoprato@sapo.pt, cada vez que um dos seus clientes ou fornecedores lhe enviar um email estará a dividir a atenção que poderia dar à sua marca com o sapo. Se for bnp123@clix.pt então esqueça, porque não apenas estará a dividir a atenção, como a sua marca nem sequer será percebida pelo seu cliente ou fornecedor.

Em contrapartida, se o seu email for zebatata@bifenoprato.pt, não apenas o seu contacto irá rever e lembrar a sua empresa, como também a si próprio, e o relacionamento pessoal que vos liga. Isto pode não fazer nenhuma diferença em que não existe nenhum contacto físico entre os vários intervenientes em muitas das fases dos negócios para além do email, mas para uma pequena empresa em que todos os contactos nos conhecem pessoalmente e em que a continuidade da relação depende muitas vezes da relação pessoal, estes pequenos detalhes podem fazer uma grande diferença na hora de renovar ou rescindir um contracto.

Lembre-se, quando escreve email para os contactos da sua empresa, é apenas o nome da sua empresa que você pretende que apareça nos seus emails. É a si e na sua empresa que você quer que as atenções sejam disponibilizada.

E você só consegue isso se o seu email for um email do seu domínio, do mesmo domínio onde está o seu site.

Optimização para a pesquisa

Colocar um site na primeira página do Google para as dezenas (ou centenas) de palavras chave que podem ser utilizadas para pesquisar os produtos que a sua empresa vende pode nem sempre ser simples, mas limites abaixo dos quais não é aceitável descer.

Um site empresarial com uma introdução em flash pode ser muito bonito. Mas pode retirar o seu site completamente dos motores de pesquisa. Assim, introdução em FLASH é um grande NÃO! Jamais!!!

Como isto existem várias outras questões a considerar. Nada com que se deva preocupar. Mas deve preocupar-se em verificar se a empresa que contrata faz alguma ideia do que está a fazer. Pergunte-lhes se conseguem que o site seja completamente indexado. Isto não é difícil se a estrutura do site for bem pensada e criada e houver um link ou dois para o site.

A menos que a empresa tenha recursos com conhecimentos razoáveis de Optimização Web não espere que lhe saibam explicar o que é Indexação com Semântica Latente e como funciona, mas devem pelo menos perceber que coisas como frames, javascript (incluindo AJAX) e flash devem ser implementadas com cuidado e conhecimentos, e que coisas como o URLs ou a profundidade do site são muito relevantes para que parte do site será indexado.

Usabilidade

Há uns anos, quando estava no IOL, o Mais Futebol tinha o menu principal (aquele que agora está à esquerda do site, por baixo do flash do ao vivo e do banner) num local diferente consoante a secção do site onde nos encontrávamos. Nuns locais estava do lado direito, noutro no lado esquerdo, umas vezes mais acima, outras mais abaixo.

Felizmente foi refeito entretanto… infelizmente ainda tem algum caminho para percorrer. Por exemplo, a homepage do Mais Futebol tem bem mais de 100 links. Mas não nenhuma consistência entre esses links. Numas situações os destaques para os artigos têm link apenas no titulo, noutros caso têm o link no titulo do destaque e no lead (o texto pequeno que acompanha o titulo), e noutra situação ainda (o Sobe e Desce) o link está apenas no texto pequeno, sendo que o titulo não tem links.

Mas mais do que isso, não existe uniformidade sequer na cor dos links. Existem na página links azuis, vermelhos, cinzentos, amarelos, laranja e vermelho escuros (que tenha visto). Uns links estão a negrito, outros não, e outros ainda têm texto misto. Nalguns locais é utilizada uma espécie de seta formada por seis pontos junto dos títulos dos artigos. Nalguns locais essa seta tem link para o artigo, noutros não tem.

Com o tempo os utilizadores acabam por se habituar a estes detalhes (e outros), mas a verdade é que ao contrário de um site como o mais futebol, o site da sua empresa pode ser visitado apenas uma vez por muitos dos seus potenciais clientes. E você não pretende que eles vão comprar ao seus concorrente mais próximo porque não conseguiram descobrir como chegar aos seus contactos, ou quer?

É essencial que o site de uma empresa seja apresentável, mas o bonito é secundário. O mais importante é que os seus visitantes consigam fazer facilmente o que pretendem. Especialmente se o que pretendem é encontrar o seu telefone para lhe ligar, ou obter detalhes acerca dos seus produtos.

Acessibilidade

Voltamos ao mesmo, mas uma introduções em flash, sem qualquer link fora do flash, por exemplo, é um obstáculo intransponível para qualquer visitante que não tenha o flash instalado. E sim, são bem mais do que poderá pensar.

Centenas de links numa página, por muito organizados que possam parecer no seu browser são uma confusão praticamente intolerável para um visitante cego que utilizado um browser sonoro para navegar no seu site.

O site deve ser simples, e deve ser fácil chegar a qualquer parte do seu site sem dificuldade, mesmo sem CSSs. Sim, não é muito importante se sem CSSs o seu site fique com um aspecto arcaico. É importante é que seja simples encontrar qualquer coisa que se pretenda encontrar dessa forma. Pode ser assim que o vê quem não tem a ultima versão dos browsers mais modernos. E acima de tudo é assim que o vêem a maioria dos motores de busca.

Requisitos para actualizar o site

Hoje que está a criar o primeiro site para a sua empresa pode não se lembrar da importância de poder actualizar o seu novo site. Mas daqui a dois meses quando tiver um novo produto para divulgar ou precisar de mudar o número de telefone da empresa, essa questão vai tornar-se importante.

Mas precisa de pensar nisso desde já. Quais são os requisitos necessários para actualizar o seu site? Precisa de saber HTML? Precisa das ferramentas de webdesign para alterar directamente o ficheiro flash dentro qual todo o site está? Existe um interface web através do qual pode alterar os conteúdos do site?

Hoje o mínimo aceitável é que seja possível alterar pelo menos os conteúdos do site através de uma página que lhe deve ser fornecida. Mas mesmo assim as opções são muitas. Nuns casos é-lhe permitido alterar apenas algumas partes do site, noutros caso é-lhe permitido alterar todo o site.

Não concordo com dar controlo total do site ao gestor do site, porque isso pode conduzir a acidentes que ninguém pretende que aconteçam (como apagar o site, ou danificar a sua estrutura), mas ligar ao seu web designer de cada vez que pretende adicionar uma qualquer informação no seu site é muito mais do que se pode considerar aceitável. Especialmente se todas essas alterações lhe são facturadas e poderiam ser feitas de forma simples por si.

No fundo coloca-se a questão de saber o quanto você tem capacidade de fazer e quanto gostaria de poder fazer. Alterar os textos que aparecem no seu site, na minha opinião, está dentro das capacidades de qualquer empresário, por muito pouco que saibam de computadores.

Conhecimentos da firma

Que tipo de empresa é que está a contratar?

Está a contratar um designer independente, que faz pequenos sites enquanto acaba o curso, ou nos tempos livros do trabalho principal, que apenas por acaso nem está relacionado com informática?

Ou está a contratar uma micro empresa com duas ou três pessoas? Ou uma pequena empresa que tem quase tantos comerciais como designer e programadores, que fazem sites em série?

A empresa têm pessoas especificas para que tarefas? É comum hoje as empresas que trabalham na área de internet terem designers (na maioria dos casos não são webdesigners) e programadores. E as restantes tarefas, são desempenhadas por quem? Por exemplo, quem se encarrega da usabilidade? Alguém verifica se o site está optimizado para os motores de pesquisa? Campanhas de marketing na Web, fazem a gestão delas? As tarefas que são feitas internamente, têm algum parceiro que as faça para os clientes deles?

Se todas as áreas estão cobertas, por certo se trata de uma empresa de excepção. Será que lhe apresentam as pessoas que fazem cada uma dessas tarefas? Aquelas que vão trabalhar no seu site? Será que cada uma delas lhe pode dizer brevemente aquilo que faz?

Divulgação do site

Uma vez que o seu site esteja finalizado vai ser preciso divulgá-lo. A empresa ou a pessoa que está a contratar irá fazer também esse trabalho de divulgação?

Que formas de divulgação utilizado e que custos é que isso terá? A empresa que está a contratar tem um site? Irá divulgar o seu site no próprio site? Em que parte do site e durante quanto tempo?

Campanhas de marketing nos motores de pesquisa? Em quais é que propõe fazê-lo? E que experiência tem com esses motores de pesquisa? Criar uns anúncios no Google ou no sapo é simples, mas que palavras é que serão utilizadas? Certamente que não será pelo nome da empresa, pois quem procura o nome da sua empresa já o conhece. Interessa que as campanhas sejam feitas utilizando palavras e expressões, que apesar de estar relacionadas com os seus produtos não lhe sejam exclusivas. Uma resposta tirada da cartola não é normalmente bom sinal. Implementar uma campanha de marketing de pesquisa implica conhecer bem o seu mercado, os seus produtos e os seus concorrentes. Qualquer vendedor sério que acabou de entrar pela porta da sua loja pela primeira vez pode apenas dar-lhe orçamentos para a criação da campanha, não poderá de forma nenhuma dizer-lhe que custo essa campanha terá.

Irá divulgar o seu site através da criação de links noutros sites? Que tipo de sites?

Extra – Peça respostas por escrito ou nem peça

As informações que ficam no ar, na verdade ninguém as apanha nunca. Todas as informações devem ficar escritas, incluindo todas as funcionalidade do site, todas as tarefas que serão executadas e o custo que cada coisa representa.

Se não receber um orçamento mais formal, pelo menos deve ter um email com todas estas questões respondidas, que esclareça todas as dúvidas. Assim, quando chegar a hora de verificar a conclusão do trabalho já não haverá questões acerca do que é suposto existir. E o mesmo, claro, no dia em que decidir mudar de fornecedor.


Compreenda o Cliente

Published by:

Conhecer os seus clientes é o melhor que pode fazer pelo seu negócio e pelos seus clientes.

Para começar, se não conhecer os seus clientes vai ser difícil para si percebes quais as suas necessidades, e com isso satisfazê-las.

Não conhecendo o cliente pode facilmente interpretar mal o que lhe é pedido, ou interpretar bem correctamente o que lhe é pedido, mas poder fazer muito mais pelo clientes, em menos tempo, ou com um custo muito menor, e perder a oportunidade.

Conhecer o cliente é o primeiro passo. Saiba o que ele faz, como o faz, como fala do que faz. Aprenda o seu jargão, os termos técnicos que o seu cliente usa, especialmente aqueles que estão mais relacionados com o seu trabalho.

Por muito periférico para o negócio do seu cliente que o seu trabalho seja, o seu trabalho é sempre relevante para esse negócio. De outra forma o seu cliente não estaria a investir no seu trabalho.

Mas é preciso mais do que conhecer o seu cliente. É preciso conhecê-lo profundamente. Quanto mais conhecer o seu cliente mais poderá adaptar o seu trabalho ao negócio do seu cliente. Tente perceber o que o seu cliente vê como fonte de rendimento e o que ele vê como origem de despesas. Saiba que áreas de negócio ele pretende abandonar e para quais se pensa expandir.

Mas conhecer o negócio do seu cliente não é o suficiente. É necessário que o compreenda, que saiba por que razão ele faz as coisas da forma como as faz, que procedimentos ele gostaria de optimizar ou de abandonar, de substituir ou de criar. Mas não se limite a saber, perceba o porquê.

Se o cliente pretende alterar um processo que a si lhe parece já tão optimizado quanto possível, provavelmente há alguma coisa que não percebeu. Talvez a optimização actual esteja tão vocacionada para a situação mais normal que obriga a um esforço demasiado grande nas restantes situações. E talvez essas situações ocorram mais vezes do que tinha sido estimado.

Se optar por fazer o que o cliente lhe pede sem o perceber pode acabar por implementar exactamente o que lhe foi pedido mas a nova solução não estar nem um pouco mais próxima de satisfazer o cliente do que aquela que tentou corrigir, pois corre o risco e criar novos problemas ao resolver aqueles de que o cliente se queixa.

Mas se perceber o cliente, se entender como os vários fluxos de trabalho do cliente se interligam poderá pensar na melhor forma de os organizar para maximizar a eficiência dos processos.

Mas veja os processos do ponto de vista do cliente, não do seu. Aquilo que para si parece ser um encadeamento lógico de acções pode não fazer sentido para o cliente, seja porque os processos que está a encadear são executados por pessoas diferentes, seja porque para o cliente dependem de outro processo que não está a relacionar com estes, seja porque na cabeça do cliente o encadeamento lógico é outro completamente diferente.

Veja, sempre, os processos da perspectiva do cliente, pois é para ele que, em última análise, os processos têm que fazer sentido.


Modelos de Negócio Online

Published by:

Tenho estado a trabalhar num CMS para uma empresa de media tradicional, que publica várias revistas. Eles questionam-se como rentabilizar os respectivos sites, e isso levou-me a mim a colocar a mesma questão.

No caso dos meus sites, a questão nunca foi como ganhar dinheiro com eles, mas a verdade é que ao longo de vários anos dediquei muitas horas à construção de ferramentas, a pesquisa e criação de conteúdos, a criar e alterar o design dos sites.

E, claro, coloquei muito do meu dinheiro nestes sites, especialmente no registo dos domínios, acesso à internet e aluguer de servidores.

Hoje olho para os meus sites, cuja quantidade se escreve com dois dígitos, e para a lista de domínios que tenho registados, todos com óptimos projectos editoriais, mas pouco tempo para os implementar e colocar online, e percebo que tenho o mesmo problema que este cliente.

Claro que eu tenho um problema acrescido. Eles têm dezenas de pessoas a criar novos conteúdos todos os dias. Eu estou a solo e apenas o faço nos tempos livres.

Esqueçamos portanto os meus pequenos sites e concentremo-nos nas situações em que existe conteúdo e investimento para a sua criação, como este cliente, e como muitas empresas idênticas, como as centenas de revistas que existem não apenas no nosso país, como também no resto do mundo.

A maioria destas equipas editoriais está permanentemente vigilante a tudo o que de relevante se passa na sua área. Isto dá-lhes a oportunidade de criar conteúdos novos à medida que as coisas vão acontecendo.

Por outro lado, a maioria do tempo estas equipas estão concentradas em criar ou adaptar conteúdos mais profundos, que serão publicados nas revistas, em papel.

Por razões de espaço estes conteúdos são muitas vezes cortados, e publicados apenas parcialmente nas revistas, não sendo completamente incomum um artigo com 3000 palavras acabar por ser reduzido a 2000 por razões de espaço disponível na revista.

Estes conteúdos reduzidos são muitas vezes os que vão parar ao site. Esta é, no entanto, a versão errada para colocar online. A versão a colocar online deveria ser a versão original. Por alguma razão o autor escreveu originalmente mais texto.

Mas, dizem-me, assim ninguém vai comprar a revista, uma vez que os conteúdos estão todos online, e ainda mais completos.

Sim, é verdade. A menos que estes conteúdos estejam disponíveis apenas para quem adquirir a revista.

Mas, deverão todos os conteúdos estar disponíveis apenas para as pessoas que comprem ou assinem a revista?

Na minha opinião não. Os sites têm tudo a ganhar se alguns dos conteúdos estiverem disponíveis a qualquer pessoa.

Por um lado se alguns dos conteúdos estiverem disponíveis para toda a gente, é provável que com o tempo mais pessoas descubram o site, e consequentemente a revista.

Por outro lado esse conteúdos vão ser indexados pelos motores de pesquisa, o que vai trazer novos utilizadores ao site, tornando com isso a revista conhecida para esses utilizadores e potenciando com isso a aquisição de novos clientes.

Mas, então, que conteúdos disponibilizar e que conteúdos guardar apenas para os clientes da revista em papel?

Bem, penso que a segmentação dos conteúdos se poderia fazer em três grupos.

O primeiro é que conteúdos disponibilizar a todos os visitantes do site no momento da criação. Bem, este tipo de redacções todos os dias cria algumas noticias, por vezes dezenas de pequenas noticias, que são pouco mais que citações de outras fontes. Estes conteúdos ocupam por norma menos de 10 a 15 minutos por artigo.

Estes conteúdos, devido ao seu reduzido custo, penso que poderiam ser disponibilizados imediatamente, até porque a maioria deles nunca irá ser publicada de qualquer das formas.

Restam com isto os artigos que implicam mais pesquisa, mais longos, mais elaborados, independentemente de virem a ser publicados na revista ou não. Na minha perspectiva estes conteúdos devem estar disponíveis apenas aos clientes da revista. Esta é a forma de incentivar a compra da revista, ou a sua assinatura.

Se os artigos são publicados na revista aparecem online apenas algum tempo depois de a revista estar nas bancas (ou ser enviada aos assinantes), se não forem publicados em papel ficariam disponíveis online imediatamente para todos os assinantes.

Mas, tanto num caso como noutro, deverão os artigos estar acessíveis apenas aos assinantes eternamente?

Penso que não. Penso que se poderão criar ainda dois intervalos de tempo distintos. Afinal de contas, depois de ser publicado um número de uma revista já ninguém mais vai comprar o número anterior, pelo que os conteúdos do mês anterior poderiam ser rentabilizados de outra forma, sem com isso afectar a venda da revista.

Como? Criando um sistema de assinatura online, em que os assinantes desta forma possam pagar para ter acesso a um artigo em particular, ou por um período de tempo (um dia, um mês, um ano?), a todos os conteúdos premium que tenham mais do que a idade de uma (ou duas) edição em papel (no caso da revista mensal, um mês – ou dois).

Assim, supondo que tenho interesse pela área da revista, mas não sou um profissional da área, pelo que não preciso de ler as reportagens no mês em que são escritas, apenas quero poder ir ler alguma informação da área de vez em quando, posso subscrever a assinatura online. Ou se sou estudante e quero aceder a uma reportagem especial que fizeram há alguns meses, posso aceder a ela desta forma, por um valor muito mais reduzido que o custo da assinatura da revista.

Mas, e ao fim de um ano, ou dois, esta informação ainda é relevante? Bem, historicamente tudo é importante. Mas será que ainda alguém vai pagar para aceder a conteúdos tão antigos? Provavelmente não.

Por isso, em determinada altura esses conteúdos podem ser libertados para serem acedidos de forma anónima, para que qualquer utilizador os possa ver. Desta forma promove-se a qualidade dos conteúdos da revista, permite-se aos motores de pesquisa indexar mais conteúdos do site, o que ajuda a dar mais relevância ao mesmo, e a fazer com que ele apareça em mais pesquisas relacionadas com a sua área de actividade.

E claro, colocar publicidade no site também ajuda, pois permite rentabilizar o tráfego de todos os artigos, mesmo daqueles que estão disponíveis para toda a gente.

Se o site tem pouco tráfego pode oferecer-se esse espaço aos anunciantes da edição em papel, mas sempre fazendo ver que é uma oferta, uma promoção, e não algo a que eles terão direito sempre que anunciarem na edição em papel, porque quando o site tiver mais tráfego poderemos querer vender esse espaço, e os nossos anunciantes habituais são os primeiros potências clientes da lista.

Mas, dizem vocês, isso é possível com os assinantes, mas e as revistas que são vendidas nas bancas, como permitimos que as pessoas tenham ainda assim acesso à versão estendida desses conteúdos?

Bem… eu tenho algumas ideias, e você? E têm alguma ideia melhor para rentabilizar este tipo de sites?


O Preço Certo

Published by:

Andrew Garrett, escreveu um post sobre o Preço certo para os nossos serviços, a que chamou Is the Price right?.

Trata-se de um tema muito importante, especialmente quando se trabalha como independente, ou se é responsável pela definição dos preços numa pequena empresa.

É que se por um lado, como diz o Andrew, gostamos de ser desafiados, não é nada agradável quando o desafio é pagar as contas, e não é esse o tipo de desafios que pretendemos enfrentar.

Aconselha o Andrew a apontar os preços para o topo do mercado, desde que se possa cobrar esse valor.

No fundo, penso que o ideal é cobrar suficientemente elevado para poder trabalhar no máximo 75% do tempo que se está disposto a dispender com a actividade que se exerce, pois de outra forma vai começar-se a desgostar do que se faz, e a produtividade e baixar.

Leiam o Post do Andrew.

Bloggers e Jornalistas

Published by:



Debate-se muito que os bloggers podem estar a tomar o lugar dos jornalistas. É um debate que na minha opinião não faz qualquer sentido, uma vez que ambos ocupam lugares distintos.

Se por um lado hoje muitos bloggers conseguem ser já profissionais nessa actividade, isso são situações muito raras. E mesmo nesses casos não fazem aquilo a que se pode chamar, verdadeiramente, trabalho de jornalista.

A grande maioria dos blogs que existem hoje, especialmente os criados pelos chamados “proBloggers” enquadram-se num de quatro tipos:

  • técnicos
  • de opinião
  • catálogos

Os blogs do primeiro tipo, são aqueles que tentam disponibilizar aos seus visitantes informação acerca de uma área, como o Web a Sério. No caso do Web a Sério essa área é a Internet e a criação, manutenção, divulgação e rentabilização de sites profissionais. Existem muitos blogs deste tipo, e muitas àreas técnicas em que se enquadram, desde a gestão, o empreendedorismo, a informática (e áreas mais especificas dentro da informática, como o design, a programação, a optimização web, ou várias outras), ou até mesmo a Jardinagem ou a construção civil.

No segundo tipo temos desde blogs pessoais sem um foco muito forte, até blogs mais focados numa única área de conhecimento, em que o(s) autores expressão a sua opinião.

O terceiro grupo é composto essencialmente por blogs que escrevem sobre productos de um determinado grupo. As àreas em que isso é mais comum são os gadgets (pequenos dispositivos, normalmente electrónicos), as maquinas fotográficas digitais, televisões, leitores de DVD e outros electrodomesticos, e outros do tipo. Mas podem criar-se blogs deste tipo para quase qualquer tipo de producto.

Depois existem muitos blogs que se enquadram em mais do que um destes tipos, ainda que tentem na maioria dos casos manter-se mais num deles.

Existe ainda um quarto grupo de blogs que são os Blogs pessoais, nos quais os critérios de classificação falham quase sempre. Muitas vezes nem sequer se consegue facilmente perceber qual a lingua oficial do blog, quanto mais o tema. Algums são mesmo blogs pessoais, em que se fala do gato, do filme de fim de semana e do livro, do site e do programa de computador, da namorada e da bebedeira mal curada. Nalguns casos até se oferecem chocolates a desconhecidos, a troco de uma graçola pré-definida. Não é que não tenham piada, mas não têm foco, e não têm propósito.

Destes quatro tipo, o último é o que está, definitivamente, mais afastado do trabalho tradicional dos jornalistas.

Mas se virmos com atenção, nenhum dos outros três é realmente trabalho jornalistico.

As opiniões sempre foram escritas por comentadores, a grande maioria dos quais de àreas de actividade mais relacionadas com a matéria comentada do que de jornalismo. Não eram jornalistas, e continuam a não ser, mesmo nos media mais tradicionais e tradicionalistas.

Catálogos sempre foram feitos por quem queria vender productos, sejam publicitários ou vendedores, não por jornalistas.

As revistas técnicas das mais diversas àreas sempre se dividiram em dois grandes grupos:

  1. as feitas por técnicos da àrea em questão
  2. as que tentam fazer as pessoas de outras àreas perceber o que se passa na àrea, com o resultado mais comum de serem pior emenda que o soneto.

Mas, então e os jornalista? Bem, os jornalistas, quando fazem o trabalho deles bem feito, informam, divulgam noticias, novidades. E esse é um trabalho que normalmente é feito, de forma muito superficial pelos bloggers, e que é preciso, portanto, que alguém o faça a fundo, com rigor, com critério, de forma precisa, desinteressada. Existem blogs de noticias? Sim, alguns, mas pouco são a fonte inicial da informação, e quase nenhum é criterioso, rigoroso e verdadeiramente informativo.

E é isso que espero de um jornalista, e de um site de noticias (ou de qualquer outro media noticioso, como um jornal, ou um telejornal), informação rigorosa, confirmada e informativa. O que espero de um jornalista é que seja mais do que um blogger que espalha rumores. Espero que confirme as informações que lhe chegam, que verifique a credibilidade das suas fontes, que reuna informação adicional, e que me sirva tudo isto de forma concisa e rigorosa.

E por isto estou disposto a pagar, pois isto é muito mais que os rumores que posso ler nos blogs. Penso que há lugar para jornalistas e para bloggers, é apenas preciso que cada grupo perceba qual é a sua posição, o que se espera dele.

Factores de distinção

Published by:

Se há uns anos atrás ter um site era um factor de diferenciação, fosse para empresas, fosse para profissionais, hoje em dia o factor de diferenciação é o oposto. Não ter um site é que é factor de diferenciação. E se por cá ainda não se nota tanto esse efeito e ainda se fazem sites sob o lema de que vale mais um site que site nenhum, penso que mesmo cá essa febre não durará muito mais.

Hoje, e cada vez á medida que entramos no continente desconhecido que é o futuro, a diferenciação far-se-á pelo tipo de site, pela relevância, credibilidade e originalidade dos sites, mas especialmente pelos conteúdos apresentados nesses mesmo sites.

Penso que cada vez mais veremos os sites das empresas a falarem sobre os seus métodos de fabrico, sobre os seus produtos e as suas finalidades, a divulgarem produtos complementares, a demonstrarem o que os seus clientes podem fazer com os seus produtos por forma a conseguirem destinguirem-se da concorrência, muitas vezes á custa de aumentarem o mercado global na sua área de actividade, e consequêntemente as vendas dos produtos concorrentes, mas saindo com a sua quota de mercado reforçada.

Mesmo hoje uma empresa que tenha um site estático com um mapa de localização, os contactos da empresa e uma descrição da empresa, da sua actividade e dos seus produtos já não consegue uma grande distinção em relação aos seus concorrentes, pois são cada vez mais as áreas de actividade em que essa é já a norma.

Mas que pode uma pequena ou média empresa fazer mais do que isso? Bem, um site é uma ferrementa de negócio para uma empresa, como qualquer outro.

Que pode o Sr. João ou o Sr. António fazer pelas suas lojinhas de esquina, frequentadas pelos vizinhos do bairro, que não façam ainda? Quais são as ambições destas pessoas, e em que é que um site, qualquer tipo de site pode melhorar os seus negócios? Não creio que muito. Os seus clientes habituais não frequentam as lojas em consequência das novidades da semana ou de qualquer outra estratégia de marketing, mas por ser o local mais próximo para adquirir 3 maças e um pacote de arroz para o jantar, ou porque o Sr António é muito mais simpático que as meninas da caixa do supermercado que nem se dignam dizer bom dia aos clientes.

Já os restaurantes, mesmo aquele que fica na loja entre a do Sr. João e a do Sr. António, poderia mais facilmente melhorar o seu negócio com um site, onde divulgaria diariamente a ementa do dia, permitindo que os trabalhadores dos escritórios nos edificios ali próximos se dicidissem a ir lá almoçar antes mesmo de se levantarem da mesa. Ou permitindo mesmo aos clientes habituais escolherem o prato que pretendem ingerir antes de sairem do escritório, reduzindo drásticamente o tempo que os clientes se encontram no espaço do restaurante.

Claro que o site por si só não traz novos clientes ao restaurante ainda que possa ajudar a melhorar a eficiência do negócio. É preciso que o site tenha algo mais que os sites dos restaurantes circundantes ou dos milhares de outros restaurantes na cidade, para que consiga por sí só atrair novos clientes. Um site que apenas tem o nome do restaurante, a morada e os restantes contactos não é mais que um cartão de visita, e quase que nem escrevendo o url do site nos cartões, nas facturas e nos talões do restaurante serve para nos trazer novos clientes á porta do restaurante.

Mas um site em que seja possivel encontrar as receitas dos pratos normalmente servidos no restaurantes, ou que contenha informações acerca das regras de higiene alimentar, e a forma como são implementadas e regirosamente seguida no restaurante já podem atrair novos clientes, que procurem especificamente essa informação e não um restaurante, e que mais tarde decidam visitar o restaurante que encontraram por acaso.

Mas mais do que isso, ao ter informação util, que não se encontra nos sites dos seus concorrentes, o restaurante está a tornar o seu próprio site também mais relevantes, fazendo com que um potencial cliente que procure simplemente sites de restaurantes encontre este site antes dos restantes, pois os diversos motores de busca vão considerar o site mais relevantes, pela simples razão de ter mais informação, de ser maior.

Não quer isto, no entanto, dizer que para promover um restaurante se deva fazer um enciclopédia acerca de tudo o que possa ser de qualquer forma relacionado com restauração. Ad Extremis isto levarnos-ia a divagar acerca da forma como é produzido o Aço Inox que é depois utilizado para os talhes ultra-requintados com que os nossos clientes vão saborear a bela refeição que lhes confecionamos ou acerca da forma como o Gáz que utilizamos na cozinha é extraido do subsolo, ou sobre como é refinado do petróleo. Dificilmente uma pessoa que procura processos de refinação de pretóleo ou me produção de aço inox está a pensar num bife. É uma associação desnecessária e dificilmente esse visitante se vai lembrar do site do restaurante, quanto mais do nome do restaurante.

Cada vez mais, os sites da empresas têm que ser informativos. Penso que podem mesmo disponibilizar informações acerca de metodos de fabrico ou composição de produtos. Se a McDonalds tivesse mantido os seus clientes informados acerca da carne de que são feitos os seus hamburguers, nunca teria circulado a informação que se viu há uns anos de que estes eram feitos de minhocas. Claro que não eram feitos de minhocas, até porque, como a própria mcDonalds terá vindo informar na altura, 1 Kg de carne de minhoca é muito mais caro que 1Kg de carne de vaca ou de porco. Não existe nenhum segredo na composição de um hamburguer, qualquer pessoa sabe fazer um. Porque não divulgar essa informação para quem não sabe?

Da mesma forma, quem quer sabe como se faz um bacalhau á lagareiro, porque não disponibilizar essa informação no site do restaurante, se essa é uma das especialidades da casa? É uma empresa de louças e talheres, seja uma fábrica ou um armazenista ou revendedor? Porque não ensinar as pessoas a colocar correctamente a loiça e os talheres na mesa para um jantar especial?

Temos uma maquina especial, que tem uma caracteristica que a torna diferente de todas as outras que existem no mercado? Essa caracteristica está protegida por uma patente? Então porque não revelar alguns detalhes, funcionais pelo menos, acerca dessa caracteristica patenteada? Essa caracteristica não pode ser reproduzida pelos nossos concorrentes de qualquer das formas.

São estes detalhes que fazem a diferença. São estes detalhes que trazem potenciais clientes e parceiros aos sites. Estes são verdadeiramente factores de distinção. Há outros, mas também haverá outras oportunidades.