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Listas de Emails

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As listas de email, também conhecidas como mailling lists, são uma boa forma de relembrar aos seus utilizadores que o seu site existe, e que continua activo. São uma boa forma de manter contacto com os seus clientes. Mas são também uma das principais formas que as empresas têm de violar a lei e se sujeitarem a multas elevadas.

Legislação

Em Portugal o envio de mensagens de marketing é regulamentado pelo Decreto-Lei 7/2004, no seu capitulo IV.

A primeira coisa que esse capítulo do diploma define é o que não é publicidade, como sendo:

Artigo 20º

1 – Não constituem comunicação publicitária em rede:

a) Mensagens que se limitem a identificar ou permitir o acesso a um operador económico ou identifiquem objectivamente bens, serviços ou a imagem de um operador, em colectâneas ou listas, particularmente quando não tiverem implicações financeiras, embora se integrem em serviços da sociedade da informação;

b) Mensagens destinadas a promover ideias, princípios, iniciativas ou instituições.

De notar, antes de mais, que no mesmo número deste artigo são utilizados dois termos diferentes operador económicoinstituições, porque estes são coisas diferentes. Se está a tentar obter lucro, é definitivamente um operador económico, não uma instituição.

Gostaria de referir ainda que na alínea a) é referido explicitamente em colectâneas ou listas. Emails de pessoas não são listas nem colectâneas. São individuais. Logo, qualquer email (mesmo que destinado apenas a permitir o acesso a um operador económico, ou que identifique objectivamente bens, serviços ou a imagem de um operador económico) enviado para um email pessoal é considerado um email publicitário.

Este Decreto-Lei refere ainda que, qualquer email publicitário carece de consentimento prévio, com excepção dos enviados para empresas. E no caso especifico dos emails de empresas, deve existir uma forma electrónica de pedir a remoção da lista, e esse pedido deve ser respeitado.

Existem ainda outras regras. Nomeadamente:

  • Todos os emails publicitários devem estar devidamente identificados como tal.
  • Todas as ofertas promocionais e condicionalismos devem ser facilmente identificados.
  • O anunciante deve ser facilmente identificado.

Coimas

Para quem não se sente satisfeito, e acha que pode continuar a enviar emails publicitários não solicitados, fica ainda a informação de que o mesmo diploma, nos seus 37º e seguintes, define as coisas a aplicar a quem não cumpra os vários artigos do diploma… eas coimas vão de 2500 a 100 000 euros. Ainda que correr o risco de ser processado por envio de SPAM?

Tipos de listas

Ultrapassadas as questões legais… afundemo-nos nas questões técnicas.

Existem várias forma de classificar mailling lists, mas para a questão que nos interessa de momento apenas uma interessa. A forma como as pessoas entram e saem da lista. Assim, existem os seguintes tipos:

  • Formas de entrar
    • No-opt-in – Os emails entram para a lista porque o administrador da lista lá os coloca. As pessoas que vão receber os emails não tiveram nenhuma opinião acerca do tema.
    • Opt-in – Os donos dos emails pediram, de alguma forma, para serem adicionados à lista.
    • Double-opt-in – Os donos dos emails pediram e confirmaram o pedido para entrarem na lista.
  • Formas de sair
    • No-opt-out – Não existe forma de sair da lista, a não ser porque o administrador da lista concedeu a benesse de retirar o email. Normalmente, nas lista de SPAM o administrador da lista nunca é assim tão bondoso.
    • Opt-out – Os subscritores da lista têm uma forma de pedir para ser removidos, e são removidos em consequência desse pedido.
    • double-opt-out – Os subscritores da lista têm de pedir para sair da lista e de confirmar esse pedido, após o que são removidos da lista.

A grande maioria dos sistemas de gestão de listas de email utilizam a mesma forma para entrar e para sair das listas. Alguns deles permitem configurar a forma de entrada e de saída na lista.

Vantagens e Desvantagens

Entrada Manual – No-opt-in

Uma grande maioria das listas de email existentes são geridas manualmente. O administrador da lista envia emails para todos os seus contactos, ou para uma lista de emails à qual adicionada os emails que vai encontrando… Amigos, conhecidos, conhecidos de conhecidos, desconhecidos que utilizam os mesmo fóruns, emails recolhidos automaticamente na internet (com spiders especiais para isso, ou manualmente).

Este tipo de listas é tão utilizada por ser simples de criar. Acabam por ser ainda mais comuns porque mesmo listas que são geridas com ferramentas que têm mecanismos para gerir os seus subscritores, o administrador da lista quer que ela cresça mais depressa do que ela cresceria naturalmente, e por isso adiciona manualmente emails.

O grande problema deste tipo de listas é que os emails particulares que lá vão parar podem valer a partir de 2500 euros cada. Com uma majoração de 30% se os email forem enviados por uma empresa ou em nome de uma empresa.

Opt-in

Nas listas de emails do tipo Opt-in, os subscritores pedem para subscrever a lista e passam a constar na lista de subscritores. A grande vantagem deste tipo de lista é que são simples de subscrever. Basta enviar um email ou colocar o email num formulário online, e o email passa a estar subscrito.

A grande desvantagem é que torna simples subscrever emails de outras pessoas, o que permite que a lista seja utilizada para chatear utilizadores, e ainda por cima causar dano à sua imagem.

Outra desvantagem das listas opt-in é que os emails adicionados à lista não são validados, logo podem ser inválidos, o que significa que de cada vez que enviar um email para a lista irá receber emails de volta a dizer que os emails são inválidos (estes emails podem ser enviados para si ou para o programa que gere a lista, dependendo do software utilizado).

Double-opt-in

As listas double-opt-in obrigam os seus utilizadores, não apenas a tomarem a iniciativa de subscrever a lista, mas a confirmar essa iniciativa. Normalmente o pedido de subscrição das listas double-opt-in gera o envio de um email, que valida que o email é válido, e pede ao subscritor que valido o pedido de subscrição.

Estes emails normalmente contêm a informação de que basta responder ao email ou contém um link que basta abrir para que a subscrição seja confirmada.

A grande vantagem deste tipo de listas é que se consegue garantir que todos os utilizadores registados estão lá por própria iniciativa, e que confirmaram essa iniciativa, o que, por sua vez, garante que não foram subscritos por estranhos.

A grande desvantagem em relação às anteriores é que algumas das pessoas que fazem o pedido de subscrição inicial não confirma essa subscrição, ficando assim o pedido inválido, o que faz com que a lista cresça mais devagar.

Saída Manual – No-opt-out

A vantagem de um lista gerida manualmente é ser fácil de criar. Tirando isso não tem nenhuma vantagem. Especialmente se o que está a gerir é uma lista legitima. A grande desvantagem, obviamente, é que terá que ler os seus emails e remover as pessoas que pedem para ser removidas.

Opt-out

Nas listas opt-out, os pedidos dos utilizadores para sair da lista resultam na sua remoção automática da lista, sem qualquer confirmação.

A grande vantagem de listas deste tipo é que não tem na lista utilizadores que não querem lá estar. Se os utilizadores permanecem na lista é porque lá querem estar. E acima de tudo, não se coloca em risco de ser considerado SPAMMER.

A grande desvantagem é a facilidade com que se sai da lista. Quem gere uma lista, o que quer sempre é que os subscritores permaneçam na lista o máximo de tempo possível.

Double opt-out

As listas double opt-out exigem que os pedidos para sair da lista sejam confirmados, respondendo ao email de confirmação ou clicando num link.

A grande vantagem deste tipo de lista é que retém mais os seus subscritores. A grande desvantagem é que os subscritores podem ficar chateados devido à dificuldade em sair da lista.

Forma global

Bem, separei a forma de entrada na lista da forma de saida porque uma lista pode ter uma forma de entrada diferente da forma de saída. No final, uma lista designa-se pela conjugação da forma de entrada com a forma de saída. Uma lista pode ser opt-in/double opt-out, enquanto outra pode ser no-opt-in/no-opt-out.

Tipo a utilizar

Se você pode escolher qualquer destes tipos de lista para a sua lista, há um destes tipos que eu acho o mais indicado. E vou dizer-lhe não apenas qual, mas também porquê.

O tipo de mailling list que acho que deve utilizar é double opt-in/opt-out.

Porquê double opt-in?

A principal razão para escolher double opt-in é para evitar que alguém subscreva emails que não são seus. Com uma lista double opt-in a pessoa que subscreve a lista tem que conseguir ler as mensagens do email que está a adicionar à lista.

Pode estar a perguntar-se porque não gerir a lista manualmente, mas a principal razão para isso é o facto de o envio de emails para particulares sem a sua permissão prévia ser punível com coima de 2500 a 50 000 euros. Esse é um risco que, certamente, não pretende correr.

Porquê opt-out?

Bem, tendo em conta que a lista é double opt-in, double opt-out seria igualmente aceitável. Mas, na minha opinião, é preferível ter uma lista menor do que ter subscritores na lista contra-vontade. É uma boa forma de causar uma má imagem.

Claro que todas as semanas agarrar na lista das pessoas que saíram da lista nos últimos dias e enviar-lhes um email a agradecer por terem estado na lista e a perguntar porque saíram não me parece uma coisa muito má para fazer. Pelo contrário. Um email, uma vez apenas. E se não obtiver resposta, não insista.

Tipo a não utilizar

Definitivamente, se está a gerir uma lista para fins comerciais e/ou (semi-)profissionais, não vai querer uma lista manual.

Em primeiro lugar porque com uma lista manual não terá acesso a muitos dos emails que uma lista automática poderá conseguir.

Em segundo lugar porque é complicado gerir as saidas da lista. A reacção emocional obvia é a de adiar, esquecer ou ignorar os pedidos para sair da lista.

Em terceiro porque vai haver a tentação de adicionar à lista emails de pessoas que não lhe deram autorização para as adicionar à lista. Com uma lista gerida de forma automática essa tentação também pode existir, mas é mais controlável.

Conclusão

Uma lista de emails pode ser uma excelente forma de divulgar o seu site, os seus produtos ou os seus serviços.

Mas há alguns cuidados que deve ter, pois pretende reforçar a sua marca, manter os seus utilizadores, ou os seus clientes, e não afastá-los por os ter adicionado a uma lista de emails sem a sua autorização.

Quando o Marketing não é publicidade

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Perguntava-me um destes dia a Kelly, uma das leitoras deste blog:

como faço para fazer uma divulgação de um site sem gastar muito?

Bem Kelly, as forma mais baratas de divulgar um site, ou qualquer outra coisa, são as grátis.

Mas isto não quer dizer que sejam as mais eficientes ou compensatórias.

Mas quando funcionam, funcionam bem, por isso vale a pena referi-las.

Qualidade

Criar um site de qualidade, seja utilizando um design com um mínimo de qualidade, seja pela quantidade e (principalmente) qualidade dos conteúdos, é o primeiro passo em direcção ao sucesso.

O design e o conteúdo de um site são, respectivamente, a casca e o sumo de uma laranja. De nada vale fazer publicidade À laranja se esta não tiver bom aspecto e bom sumo. Mas dos dois o sumo é o mais importante… ninguém faz laranjada de casca de laranja.

Divulgar em sites sociais

Escolher os seus melhores artigos e enviá-los para sites sociais pode ser uma forma de trazer bastante tráfego ao seu site, e ainda que, como é frequentemente referido, a maioria dos visitantes nunca se torne leitor assíduo, se os seus conteúdos tiverem qualidade alguns dos novos visitantes acabaram por ser convertidos.

Comentar em blogs relacionados

Comentar em blogs relacionados também ajudará a divulgar o seus site. Mas esforce-se por se diferenciar das centenas de SPAMmers que andam à solta na blogosfera, acrescentando informações úteis a quem tiver a oportunidade de ler os seus comentários.

Fóruns Temáticos

Os fóruns relacionados com o tema do seu site são também uma forma de o divulgar, especialmente se puder contribuir de forma construtiva para o valor global do fórum, seja respondendo a questões dos restantes membros, seja levando para o fórum discussões e informações do interesse dos seus pares.

Escrever noutros blogs

Escrever noutros blogs é mais uma excelente forma de divulgar o seu site. Aproveite a oportunidade para dar o melhor de si e mostrar aos leitores do blog onde é convidado o que podem esperar ao ler regularmente o seu blog.

Não tenha urgência em divulgar o seu site ou blog, ou em falar dos seus conteúdos. Limite-se a colocar um pequeno link na sua apresentação ou assinatura e deixe que o resto dos conteúdos sejam apenas aperitivos para o seu site.

Directórios de artigos

Escrever para directórios de artigos é uma forma de divulgar a sua escrita, não só através do próprio directório, mas também porque alguns dos artigos disponibilizados nos directórios são muitas vezes utilizados noutros sites, ou mesmo em revistas, estendendo com isso o seu poder de divulgação.

Press-releases

Informar a imprensa, por exemplo, do aniversário do seu site e daquilo que o torna único, e dos seus sucessos ao longo dos tempos é simples e pode ter um grande impacto no tráfego do seu site.

Escreva um pequeno texto, mais informativo do que publicitário, e enviá-lo para os principais jornais e revistas da sua área (geográfica e temática). Essa informação pode ser simplesmente ignorada, mas se for publicada o seu site terá por certo alguns novos visitantes.

Outras

Há muitas outras ideias que podem ser implementadas para divulgar gratuitamente (sem contar tempo) um site ou blog, mas a ideia base é pensar em coisas que se podem fazer e que nos ajudem a chegar junto do nosso publico alvo.

Alguém quer colaborar para tornar esta lista mais completa e extensa?


Dominios – penso local, pense global

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Já definiu o objecto do seu novo site e o seu mercado alvo. Chegou então o momento de registar o seu novo domínio. Mas deve registar um domínio local ou fará melhor em optar por um .com ou .net?

A resposta a esta pergunta está principalmente no objecto do seu site. O seu site destina-se a divulgar um produto ou serviço destinado a um mercado especifico ou ao mercado global?

Se pretende divulgar o seu restaurante, a empresa de explicações, os doces da sua avó ou outros produtos ou serviços que deverão ser entregues ou executados pessoalmente, então deverá/poderá optar pelo registo de um domínio local.

Mas se, pelo contrário, o objecto do seu site é a informação ou as funcionalidades presentes no próprio site, e o seu público alvo é global, não haverá muitas razões para optar por um domínio local, e o .com será provavelmente a sua melhor escolha.

Mercado Local

Mas quando pensa em criar um domínio local, existem várias questões distintas que deve considerar.

A primeira é o tipo de subdomínios e a sua utilização. No caso especifico do domínio de topo .pt (o domínio de topo de Portugal) podem ser registados domínios .pt e .com.pt pela generalidade das pessoas. Existem ainda os .org.pt e .net.pt, mas estes só podem ser registados por entidades muito especificas, como organizações sem fins lucrativos e empresas da área de Internet.

De qualquer das formas, ao contrário do que acontece no Brasil em que as pessoas esperam que as empresas tenham um domínio .com.br, em Portugal os utilizadores estão habituados a que os sites portugueses sejam .pt, pelos que mesmo o .com.pt não é muito utilizado, e a maioria dos utilizadores se não se lembrar realmente do URL do site não vai tentar com o .com.pt.

Assim resta a alternativa do .pt. Mas para registar um domínio .pt tem que ser uma empresa, o proprietário de uma marca ou satisfazer um conjunto relativamente restrito de outras condições.

Esta situação é aceitável (ideal talvez) para qualquer empresa. Mas a utilização destes domínios não é aceitável para blogger ou webmaster que pretendem registar vários domínios para entrar em vários nichos de mercado. Sobram por isso os domínios globais.

Mas, em contrapartida, se tem a possibilidade de registar um site .pt, a utilização desse site dá-lhe automaticamente um pequeno bónus de credibilidade pelo facto de ser necessário preencher alguns requisitos para o poder registar.

Mercados globais

E se o seu mercado é o global (ou pelo menos extra-fronteiriço), não pode ainda assim registar um domínio local?

Bem, claro que pode. E nalguns casos pode até ser vantajoso para o seu site, se este estiver intimamente relacionado com a sua região, como se fosse o caso de uma empresa de exportação ou de turismo. Especialmente no caso do turismo.

Mas na maioria das situações isso pode ser desvantajoso. Isso pode acontecer porque os seus potenciais clientes ou utilizadores ao verem um domínio local vão pensar que se trata de um site destinado aos seus conterrâneos.

Isso acontece mesmo no caso de sites em que a língua é a mesma. Um dos meus sites, o Culto da Vida tinha originalmente o domínio www.cultodavida.online.pt. Por várias razões um dia decidi mudar para um .com, e passados apenas algumas semanas o tráfego do site quase que duplicou.

Em Suma

Deve fazer a escolha entre um domínio local ou um global tendo em conta, principalmente o seu mercado ou publico alvo.

Mas e vocês, preferem encontrar um domínio local ou um domínio global? Por exemplo, se o site da Vobis ou da FNAC fossem .com iram confiar mais ou menos neles?

Dominio – A importância da escolha

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O URL é a forma mais directa de encontrar o seu site, da mesma forma que a sua morada é a forma mais simples de encontrar a sua casa.

Os motores de pesquisa podem ajudar, e muitos dos seus novos utilizadores poderão ser conseguidos devido a publicidade noutros sites ou a links que outros sites apontem para o seu.

Mas os visitantes habituais do seu site irão normalmente dirigir-se lá directamente. A menos que não se consiguam lembrar do URL do site. E, claro, não o conseguem dar a um amigo com quem, por acaso, foram tomar um café.

Mas a escolha de um dominio para um site é também uma decisão que aumenta ou restringe as suas opções no futuro.

Se optar por utilizar um sistema gratuito, como os blogs do sapo ou o blogger, trabalhar durante algum tempo no seu novo blog e este começar a ter sucesso, você estará para sempre agarrado a este sistema gratuito, ou terá que recomeçar praticamente do zero.

Mas escolher um dominio próprio também implica algumas considerações, como o objecto do seu site ou o publico alvo.

A forma como pretende divulgar o seu novo site é também algo que deve ser considerado quando escolhe o seu novo dominio.

Se o pretender divulgar utilizando publicidade off-line (como outdoors, panfletos ou mesmo anúncios de jornal) é imprescindível que o seu dominio seja curto e simples de memorizar.

E, acima de tudo, pense no seu site da prespectiva do utilizador que pretende conquistar. Cada um de nós consegue memorizar mais facilmente o que nos é colocado da nossa prespectiva.

Ao longo dos próximos dias irei aprofundar um pouco mais vários destes aspectos.


Conteúdos e Design

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Uma das questão mais frequentes que se coloca quando se desenvolve um site é a relevância que se deve dar ao design e ao conteúdo de um site. Se por um lado acho que a questão pode ser relevânte, por outro acho que as discussões habituais são mais irrelevantes e inconsequentes do que o problema inicial que as origina.
Mas a verdade é que este problema é na realidade a conjugação de dois problemas distinctos.

O primeiro problema é uma questão de gosto e de marca, de marketing. O segundo tem a ver com implementação.

O problema de Marketing

Este tem a ver com a própria aparência de um site, e cada um de nós tem gostos especificos no que a isto respeita. Eu, pessoalmente, gosto de sites com uma aparência limpa, que mostram em primeiro lugar o mais relevante, e que me permitem encontrar facilmento o que procuro, mas que não me tentar sobrecarregar com informação excessiva.

Da mesma forma que gosto de marcas focadas, que não englobam demasiados serviços ou productos que não estejam relacionados. Gosto de olhar uma marca e pensar “Estes são os gajos que fazem Telemóveis” (Nokia) ou “Estes são os gajos da pesquisa” (Google). Sim, eu sei que estas marcas englobam outros produtos, mas a verdade é que associo de forma mais ou menos automática estas marcas a estes produtos/serviços.

E gosto menos de marcas que não consigo identificar com um produto em particular, ou com um tipo de produtos, talvez porque são marcas que têm uma imagem mais dissolvida, como seja, por exemplo, a Mitsubishi, alguém me diz qual é o negócio deles? São os Medicamentos (pela Mitsubishi Pharma), os Carros (pela Mitsubishi Motors), os Electródomésticos (pela Mitsubishi Electrónics) ou a Consultoria (pela Mitsubishi Research Institute)? Como sabemos de qual delas estamos a falar quando a imagem que vemos é o triplo losanglo?

É neste sentido que gosto de sites mais focados, directos ao assunto, que falem de tudo o que se relacione com um assunto, mas que esse assunto esteja visivel em tudo o que se pode encontrar nesse site.

Da mesma forma que gosto de sites que sejam leves, com poucas imagens, sem animações desnecessárias, e que permitem ao utilizador com 5 segundos de observação saber que tipo de conteúdos pode encontrar no site, e como pode chegar até eles, e que lhe permita chegar a esses conteúdos com o minimo de dificuldade, sem passos desnecessários.

Mas isso é uma questão de gosto e de marketing, é uma questão pessoal e de marca. Pessoal no sentido em que o que eu considero um site bem conseguido pode ser simplista para outra pessoa, ou um site que outros consideram muito bom ter na minha opinião “demasiada bonecada”. O oposto pode acontecer, mas será raro. É uma questão de marca, pois tem mais a ver com o posicionamento e o mercado de uma marca, ou de um site.

O problema de implementação

Visto o problema de marketing, temos ainda o problema de implementação. O mesmo tipo de imagem pode ser implementada de várias formas, sendo as duas mais comuns e mais contrastantes a utilização de tabelas e de DIVs, isto é, utilizando posicionamentos controlados com tabelas ou utilizando blocos flutuantes, que depois são posicionados e alinhados utilizando CSSs.

Claro que estamos ainda a um nível razoávelmente superficial, que iremos em seguinda aprofundar. Mas mesmo a este nível as diferenças são grandes, principalmente no que respeita à quantidade de código HTML necessário para criar um mesmo design, e à flexibilidade que esse design tem.

Utilizando DIV, é facil, por exemplo, esconder um DIV quando se pretende imprimir uma página, criando apenas um código HTML para a página, e formatá-la de forma diferente consoante está a ser visto num monitor ou a ser impressa.

Mas, perguntam, podemos fazer com DIV e similares tudo o que fazemos com tabelas? Bem, talvez nem tudo, mas existem muito poucas situações em que sejam realmente necessárias as tabelas ou em que elas tragem realmente uma mais valia. Apesar disso existem algumas. Mas poucas ou nenhumas delas têm a ver com design, a maioria têm realmente a ver com a criação de tabelas de dados.

Mas que vantagem existem em utilizar DIVs em detrimento das tabelas, perguntam-me.

Bem, em primeiro lugar reduz bastante o tamanho do vosso código HTML, e se por um lado a dimensão de uma página já não é tão relevante quanto foi noutros tempos, ainda existe um número razoável de pessoas a utilizar modem de 56 Kbps (Kilobits por segundo), e que precisam de vários segundos para carregar uma página de 50 KB (Kilobytes – 1 byte equivale a 8 bits), e ainda sem contar com os diversos ficheiros associados a essa página.

Por outro lado a relevância agora é da quantidade de código necessário à formatação do conteúdo. A relação entre a quantidade de conteúdo encontrado numa página e a dimensão total dessa página é hoje um dos factores que os motores de pesquisa consideram quando indexam uma página nos seus indices, pelo que reduzir a quantidade de código HTML presente numa página é uma boa forma de começar a aumentar a relevância dessa página nos motores de pesquisa.

É ainda um problema de implementação a forma como os conteúdos se integram na estrutura e no design… mas isso é talvez assunto para aprofundar noutro post, um destes dias.