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Blogs (não são) a solução final

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Nos últimos anos tenho assistido de perto à evolução da Web, e nisso inclui-se, obviamente, a expansão dos blogs e a sua utilização para todos os fins imagináveis.

Começara por ser simples diários pessoais, mas rapidamente se tornaram noutras coisas. Primeiro foram os blogs temáticos, e depois começaram a aparecer as lojas, os sites das empresas, os directórios de links, e muitos, muitos, muitos outros. Os blogs são tratados por muitos como se fossem a solução final e universal para todos os fins.

Mas a verdade é que os blogs não são a solução adequada a todos os fins, e muitas das vantagens repetidamente referidas, até à exaustão, não são reais.

Diz-se frequentemente que os motores de pesquisa dão preferência aos blogs, mas na verdade apenas dão preferência a sites que partilhem uma das características do blogs… A actualização frequente. Qualquer site que seja frequentemente actualizado partilha esta vantagem dos blogs.

Os blogs têm hoje uma vantagem clara sobre qualquer outro tipo de site, a facilidade com que qualquer pessoa cria um blog. Existem milhares de softwares disponíveis, centenas de sites que permitem a sua criação de forma simples, rápida e gratuita e provavelmente milhões de templates que podem ser encontrados em milhares de sites e utilizados se qualquer conhecimentos de programação ou design.

No entanto, quando criar um blog no Blogger.com, no blogs.sapo.pt ou em qualquer outro sistema de blogs gratuito há várias coisas em que perde valor:

  • Branding – quando o URL do seu site é um .blogs.sapo.pt ou .bloger.com ou qualquer outro desse tipo, os seus potenciais clientes terão duas marcas para lembrar se quiserem memorizar o seu site. E com isso perde o foco dos seus potenciais clientes ou utilizadores, que deveria estar centrada apenas na sua marca e agora estão a pensar também na marca do seu fornecedor de conteúdos. Mas o pior é que, como a marca do seu parceiro é muito mais conhecida do que a sua… Adivinhe quem fica a perder na competição da mente dos seus contactos, que tanto trabalho lhe deram a levar até ao seu site. Pergunte-se: Qual é o site da Coca-Cola? Provavelmente está certo, a menos que tenha dito cocacola.blogs.sapo.pt.
  • Controlo – Ao utilizar um serviço padronizado para criar um blog, não tem muito controlo sobre como o seu site é apresentado aos seus leitores. Por se tratar de um blog, o sistema foi criado para apresentar os posts do mais recente para o mais antigo. Em muitos casos pode alterar ligeiramente os templates do site, mas nos principais sites que hospedam blogs gratuitamente, este comportamento básico não pode ser alterado. E isto faz com que a principal área de foco dos seus utilizadores não pode ser controlada por si.
  • Navegação – Devido á forma como o site é gerido é mais difícil controlar o que os seus utilizadores vêm. Ainda que seja possível num post de um blog colocar links para outros posts (ou outras páginas) do blog, a maioria dos templates que encontra não foram pensados para uma navegação orientada desta forma e têm demasiados links por onde os seus potenciais clientes podem dispersar. Pior do que isso, só mesmo se se registar naquelas redes de troca de banners ou de links, e o seu template estiver cheio e links para outros sites, porque aí, além de não conseguir levar o seu potencial cliente para a sua página de vendas, ainda lhe dá formas de fugir do seu site para outros sites. Quem sabe até de concorrentes seus (se eles fizerem um trabalho tão mau como o seu e também utilizarem este tipo de redes).
  • Funcionalidades – Um blog é um blog. Quando se utiliza um site de blogs para criar um site comercial ganham-se algumas funcionalidades, mas há outras que se tornam de difíceis de implementar ou de conseguir. Suponhamos que decide criar um blog para divulgar os seus artefactos feitos nos tempos livres. Tem um CMS, podemos assumir que o considere um bom CMS, mas fica-lhe a faltar um catálogo real, com listagens por categoria, um cesto de compras ou pagamentos online. Uma frase a dizer para enviar os pedidos por email pode até funcionar, mas não é tão simples de utilizar nem tão eficiente.

Os blogs baixaram bastante os conhecimentos e o investimento para começar um negócio online, mas isso não quer dizer que esse negócio tenha um grande retorno. Os blogs são uma optima ferramenta se o que pretende é criar um site de noticias ou informação temática actual, em que os conteúdos mais relevantes estão sempre entre os mais recentes. Mas se o seu modelo de negócio encaixa melhor num modelo de dados de alguma forma hierárquico, então talvez haja melhores ferramentas do que um simples blog.


Estatísticas Web – webalizer

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webalizer é provavelmente a ferramenta de estatísticas opensource mais utilizado.

Em primeiro lugar é de utilização bem simples, fácil de configurar e executar automaticamente.

Em segundo lugar é pouco exigente a nível de recursos, ainda que a sua capacidade de escalar seja algo limitada.

Em terceiro lugar suporta três dos formatos de logs mais utilizados, nomeadamente CLF (combined/cummon log format, utilizador pelo Apache, por exemplo), FTP ou xferlog (o formato de logs do wu-ftp e outros servidores de FTP) e logs nativos do Squid.

Estes três servidores representam uma percentagem razoavelmente elevada dos servidores HTTP, FTP e proxies utilizados hoje em dia em ambientes de hosting e servidores de administração privada, pelo que os formatos de logs suportados são os mais usuais.

Ao nível de possibilidades de reporting, por seu lado, o webalizer disponibiliza quase toda a informação que se pode encontrar nos seus concorrentes mais fortes.

webalizer permite proceder a reportes incrementais e mantém um histórico de até 12 meses.

Também cria tops de vários dados, bem como permite criar listagens completas com todos os dados de determinada categoria.

Os tops que o webalizer consegue gerar são:

  • top de sites por pageviews, que é a lista de IPs/hostnames dos utilizadores que mais pageviews geraram no site;
  • top de sites por tráfego, que é a lista dos IPs/hostnames que mais tráfego geraram;
  • top de URLs por pageviews, que é a lista dos URLs mais visto;
  • top de URLs por tráfego, a lista dos URLs que originaram mais tráfego no site;
  • top de referrers, a lista de URL de onde vinham a maioria dos utilizadores;
  • top de User Agents, a lista dos browsers mais utilizados para aceder ao site;
  • top de países, a lista dos países de onde foram originados a maioria dos pageviews do site;
  • top de páginas de entrada, a lista das páginas por onde os utilizadores mais entram no site;
  • top de páginas de saída, a lista das páginas onde os utilizadores mais vezes terminam as suas visitas ao site;
  • top de pesquisas, a lista das pesquisas com que o site foi encontrado mais vezes.

Além dos tops, o webalizer permite ainda criar listagem de todos os dados de uma determinada categoria. Os dados para que o webalizer gera estas listagens são:

  • Sites
  • URLs
  • Referrers
  • User Agents
  • Expressões de Pesquisa
  • Utilizadores

webalizer pode ainda criar ficheiros de dumps dos dados referidos, que podem depois ser utilizados com outros programas.

Apesar de ser uma ferramenta já antiga continua a ser uma das melhores para quem pretende correr a sua própria aplicação de processamento estatístico e disponibiliza toda a informação que hoje se pretende, incluindo a tão falada Long Tail, que é na prática a listagem de todos as Expressões de pesquisa com que o site é encontrado.

A grande desvantagem do webalizer é que apenas corre em plataformas *nix (Unix, Linux, Solaris, etc).

webalizer pode ser encontrado em http://www.mrunix.net/webalizer/.


.htaccess tools

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.htaccess Tools é um site recém lançado que ajuda os utilizadores a criar ficheiros .htaccess e .htpasswd para protegerem os seus sites, impedir que as imagens do site sejam colocadas em páginas de outros sites, proteger o site de hitbots (scripts que chamam uma página com o propósito que uma outra página apareça na lista de referers), entre outras funcionalidades.

Vale uma visita, especialmente se não conhece bem as funcionalidade que podem ser implementadas nos ficheiros .htaccess, ou precisa gerar um ficheiro de passwords e não tem acesso ao programa htpasswd.