Monthly Archives: October 2006

Comentários – da informação adicional ao SPAM

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No mundo dos blogs existem dois tipos de comentários que marcam os extremos daquilo a que chamarei de escala de utilidade de comentários.

De um lado encontram-se os comentários em que informação é adicionada aquela que já existe, ainda que seja discordante da apresentada pelo autor original.

No extremo oposto os comentários carregados de links para outros sites, em nada relacionados com o post ou o blog em que esses comentários foram inseridos.

O primeiro grupo acrescenta valor ao seu blog, e o link de volta para o site de quem fez o comentário mais não é que uma pequena retribuição que você presta ao seu leitor/comentador.

O segunda retira valor ao seu blog. Retira-lhe valor no sentido em que os links para os sites dos seus restantes comentadores perdem valor, retira-lhe valor ao seu site porque lhe dá aparência de não ser devidamente gerido, e retira-lhe valor porque muitos dos sites listados nestes comentários estão classificados como spammers pelos motores de pesquisa, e consequentemente qualquer site com links para eles vai sofrer a mesma classificação.

Estes são o branco e o preto da nossa escala, e entre eles vários são os tons de cinzento.

Desde os comentários que realmente acrescentam informação, até aqueles que acrescentam opiniões acerca do tema sem no entanto trazer realmente novos conteúdos, continuando com aqueles que apenas fazem pequenas notas, os que expressão opinião acerca do post, sem se expressar acerca do tema, para aqueles que apenas dizem visitem o meu site em http://…, àqueles que contém keywords linkadas para sites diversos…

Sim, claro, e existem ainda muitos outros tipos que conseguem por certo colocar algures ao longo desta progressão!

A questão que se coloca, claro, é qual o nível de cinzento que se deve permitir, e a partir de onde se devem reprovar os comentários.

Claro que a minha resposta para isso seria tão boa como a vossa. Mas eu nem sequer tenho uma resposta. Na realidade tenho várias.

Em alguns dos meus blogs não permito sequer comentários, noutros permito quase qualquer tipo de comentário (com excepção do SPAM descarado), e noutros, como o Web a Sério apenas permito comentários que, pelo menos, expressem suavemente a opinião do comentador acerca do tema tratado.

O que é importante, na minha opinião, é manter algum nível de consistência no tipo de comentários que se permitem.

No final, é o seu blog, é a sua decisão.


SEO/SERS – Factores externos

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Actualmente chama-se SEO a um largo conjunto de técnicas on-site e off-site.

Eu prefiro chamar nomes diferentes a coisas diferentes. Para mim, SEO é a optimização do site, por forma a que fique mais adequado ao processo de indexação por parte dos motores de pesquisa.

Às técnicas de optimização externas eu chamaria outro nome: SERS – Search Engine Relevancy Simulation, pois na realidade é disso que se trata, de simular uma relevância que o site na realidade não tem.

É este o objectivo final de todas as técnicas de optimização off-site. (Ainda) Não estou a criticar estas técnicas, ou aqueles que as utilizam, apenas a chamar-lhes aquilo que realmente são.

Mas quais são estas técnicas?

Comentários em blogs

Hoje em dia os bloggers colocarem comentários em outros blogs é algo comum, e também uma das razões de sucesso dos blogs.

Cada um de nós gosta de dar a sua opinião acerca de um texto que acabou de ler, de acrescentar algo que escapou ao autor original, de dizer que se concorda ou discorda de algum dos pontos apresentados.

É saudável que isto seja possível, e que isto aconteça.

Claro que há comentários que nada acrescentam ao conteúdo de um post e, consequentemente, não faz sentido acabarem online.

Alguns exemplos disso são “Excelente post.” ou “Parabéns pelo site/blog.“. Claro que qualquer blogger gosta de receber feedback dos seus leitores, mas estes comentários nada acrescentam ao conteúdo apresentado.

Estes comentários são o que eu costumo chamar links grátis, no sentido em que são normalmente uma tentativa de criar um link de volta para o site ou blog de quem faz o comentário sem se fazer o esforço de acrescentar algo de útil ao que foi apresentado pelo autor (ou por outros leitores, sob a forma de comentários).

No entanto, quando se tem algo interessante a acrescentar ao que foi dito pelo autor do post que se está a comentar, não apenas se está a acrescentar valor ao post original, como ainda se está a fazer o melhor tipo de publicidade ao nosso próprio site/blog. Não foi apenas um nem dois blogs que descobri em consequência de excelentes comentários noutros blogs.

Links estáticos

Os links estáticos são uma boa forma de divulgar um blog, bem como de aumentar a sua relevância para os motores de pesquisa. Na teoria os links estáticos são uma recomendação do autor de um site.

Na prática nem sempre é assim. É hoje prática comum, especialmente entre os bloggers, colocar links para sites que paguem por isso.

Na maior parte das situações esses links são reconhecidos pelos leitores do site/blog como se de recomendações reais se tratassem, e quando a sua gestão é feita manualmente isso acontece mesmo com os motores de pesquisa.

Apesar de ser uma prática em que não participo, acredito que a aquisição de links pode ser uma boa forma de promover um site, especialmente se nos primeiros tempos conseguir vários blogs na sua área.

O limite, obviamente é o seu orçamento e a sua capacidade de convencer outros webmasters a colocar links para si. Claro que se conseguir esses links sem pagar é melhor para o seu orçamento.

Mas de nada serve bombardear todos os webmasters/bloggers da sua área. Um email é o suficiente, pelo menos por um período de tempo razoável.

E claro, dificilmente conseguirá comprar links para um blog que ainda não tenha conteúdo significativo.

Directórios

Hoje diz-se que os directórios já não fazem diferença nenhuma, e do ponto de vista do pagerank, da relevância para os motores de pesquisa, um link num directório faz realmente pouca diferença.

No entanto, pouca diferença e diferença nenhuma são coisas diferentes. E pouco multiplicado por vários directórios já se irá notar.

Mas não é apenas do ponto de vista do pagerank que os directórios fazem diferença. Os vinte minutos que se perdem a adicionar um novo site a um directório pode representar apenas um novo utilizador a cada dois ou três meses. Mas nunca se sabe qual desses utilizadores o irá adicionar ao seu blog com pagerank três pontos acima do seu, ou recomendá-lo a todos os amigos e conhecidos.

Fóruns

Participar regularmente em fóruns da área do seu blog é uma forma de o divulgar.

Nesses fóruns, no entanto, aplicam-se as mesmas regras que se referiram acima para os comentários em blogs. Lembre-se, um troll é sempre um troll, independentemente do meio utilizado. E ninguém gosta de trolls.

Há ainda alguns outros factores, e muito pode ser acrescentado acerca de alguns destes, o que farei nos próximos dias.


Se o Cansaço atacar…

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Se o cansaço atacar não o defronte mais do que o estritamente necessário… deixe-se vencer assim que possível.

Há batalhas que se podem ganhar, e derrotas que apenas se podem adiar. Lutar contra o cansaço é uma luta perdida, que muito dificilmente poderá ganhar.

Quando se luta contra o cansaço, forçando continuamente o corpo e a mente a irem além das próprias fronteiras, a principal consequência disso é que ficamos ainda mais cansados, o que acaba por reduzir ainda mais a nossa capacidade de concentração, a nossa capacidade de memorizar, e em consequência disso o nosso ritmo de trabalho.

Ao longo das últimas semanas reduzi o meu ritmo ao essencial, especialmente por forma a conseguir fazer de forma adequado o meu trabalho na Log, e no cliente em que a Log me colocou.

Primeiro deixei acumular os feeds por ler, depois até deixei que as largas centenas de emails que recebo de mailling lists se fossem acumulando. Isso fez com que eu conseguisse manter o ritmo durante as oito horas de trabalho e recuperasse ligeiramente do cansaço acumulado.

É fim de semana e por isso estou a terminar alguns posts que tinha já começado, e aproveitar para escrever este.

O trabalho criativo, como o de escrever conteúdos originais exige concentração e uma mente descontraída, e por isso de nada serve continuar a tentar manter um ritmo elevado quando o corpo diz que não aguenta.

A imaginação sempre foi um dos meus pontos fortes, mas oito horas de sono por noite também foram sempre uma das minhas necessidades. Com uma recente mudança de horário a hora de acordar mudou, mas não consegui que a hora de deitar mudasse. O meu corpo não queria, e a minha mente dizia que ainda não estava na hora de deitar.

Nunca fui muito uma pessoa de hábitos, mas apesar disso mudá-los é difícil, para mim, idealmente não haveria horários. A inspiração vem quando vem, não quando se quer que ela esteja presente. Mas no mundo real eles existem. No mundo real as pessoas têm horas para entrar e (por vezes) para sair. E, querendo ou não, eu trabalho no mundo real, pelo que tenho que me reger pelas regras das pessoas normais, grupo de que, definitivamente, não faço parte.

Isso faz com que frequentemente esteja fora do meu ritmo ideal de trabalho, o que me cansa bastante mais do que seria de esperar.

Até há algumas semanas o meu horário normal para sair da cama era entre as oito e as oito e trinta da manhã. Agora, como tenho que estar em Lisboa às oito e vinte, por forma a não perder o autocarro, o meu horário de sair da cama não pode ser posterior às sete e dez. Isso fez com que dormisse menos uma hora por noite, pois a minha hora de deitar continuava a ser a mesma, uma vez que o meu corpo e a minha mente continuavam a ver o novo horário como uma coisa temporária.

A cansaço instalou-se rapidamente, e tive de começar a forçar-me conscientemente a ir para a cama mais cedo, mas foi tarde de mais, e o cansaço já estava instalado. Nos primeiros tempos ainda tentei lutar contra ele, numa tentativa de manter o email em ordem, e os feeds lidos.

Mas rapidamente percebi que não conseguia, e primeiro comecei a deixar os feeds para depois, e depois os emails das mailling lists. A diferença já se nota. Já me sinto mais fresco, mas ainda assim sei que não posso tentar recuperar o tempo perdido, pois isso faria com que voltasse ao início.

Mas percebi com tudo isto que os meus planos para conseguir alguma independência financeira são realmente importantes, pois não é possível passar o tempo todo no mundo real se não se é uma pessoa normal. Não que eu acredite que existam muitas pessoas cujo ritmo biológico lhes diga que às nove da manhã é uma boa hora para começar a trabalhar.

Acredito que para muitas o ideal seria depois de almoço e para outras tantas às seis da matina… mas no final talvez nove ou nove e meia seja um compromisso aceitável. Aceitável, mas ainda assim um compromisso.

Um compromisso que, na minha opinião, faz com que todos fiquemos a perder.

Tudo isto, claro, não passa de uma grande divagação, pois o meu ponto era que, se o cansaço atacar é perfeitamente inútil resistir, e nada proveitoso fazê-lo.


Compreenda o Cliente

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Conhecer os seus clientes é o melhor que pode fazer pelo seu negócio e pelos seus clientes.

Para começar, se não conhecer os seus clientes vai ser difícil para si percebes quais as suas necessidades, e com isso satisfazê-las.

Não conhecendo o cliente pode facilmente interpretar mal o que lhe é pedido, ou interpretar bem correctamente o que lhe é pedido, mas poder fazer muito mais pelo clientes, em menos tempo, ou com um custo muito menor, e perder a oportunidade.

Conhecer o cliente é o primeiro passo. Saiba o que ele faz, como o faz, como fala do que faz. Aprenda o seu jargão, os termos técnicos que o seu cliente usa, especialmente aqueles que estão mais relacionados com o seu trabalho.

Por muito periférico para o negócio do seu cliente que o seu trabalho seja, o seu trabalho é sempre relevante para esse negócio. De outra forma o seu cliente não estaria a investir no seu trabalho.

Mas é preciso mais do que conhecer o seu cliente. É preciso conhecê-lo profundamente. Quanto mais conhecer o seu cliente mais poderá adaptar o seu trabalho ao negócio do seu cliente. Tente perceber o que o seu cliente vê como fonte de rendimento e o que ele vê como origem de despesas. Saiba que áreas de negócio ele pretende abandonar e para quais se pensa expandir.

Mas conhecer o negócio do seu cliente não é o suficiente. É necessário que o compreenda, que saiba por que razão ele faz as coisas da forma como as faz, que procedimentos ele gostaria de optimizar ou de abandonar, de substituir ou de criar. Mas não se limite a saber, perceba o porquê.

Se o cliente pretende alterar um processo que a si lhe parece já tão optimizado quanto possível, provavelmente há alguma coisa que não percebeu. Talvez a optimização actual esteja tão vocacionada para a situação mais normal que obriga a um esforço demasiado grande nas restantes situações. E talvez essas situações ocorram mais vezes do que tinha sido estimado.

Se optar por fazer o que o cliente lhe pede sem o perceber pode acabar por implementar exactamente o que lhe foi pedido mas a nova solução não estar nem um pouco mais próxima de satisfazer o cliente do que aquela que tentou corrigir, pois corre o risco e criar novos problemas ao resolver aqueles de que o cliente se queixa.

Mas se perceber o cliente, se entender como os vários fluxos de trabalho do cliente se interligam poderá pensar na melhor forma de os organizar para maximizar a eficiência dos processos.

Mas veja os processos do ponto de vista do cliente, não do seu. Aquilo que para si parece ser um encadeamento lógico de acções pode não fazer sentido para o cliente, seja porque os processos que está a encadear são executados por pessoas diferentes, seja porque para o cliente dependem de outro processo que não está a relacionar com estes, seja porque na cabeça do cliente o encadeamento lógico é outro completamente diferente.

Veja, sempre, os processos da perspectiva do cliente, pois é para ele que, em última análise, os processos têm que fazer sentido.


Estatísticas Web – Percursos

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O percurso de um utilizador dentro de um site pode ser uma informação bastante útil. Ele permite saber como esse utilizador vê o site, e como navega nele.

Com esta informação podemos reorganizar o site por forma a levar o utilizador a fazer mais vezes o tipo de acção que pretendemos que ele faça.

Há locais em todos os sites que são completamente ignorados pelos utilizadores, e apesar de haver vários gráficos indicativos de quais as áreas mais “quentes”, mais vistas, esses gráficos não são mais do que indicativos.

Aquelas que são áreas mortas num site podem por vezes mostrar-se as zonas quentes noutro site devido a pequenas alterações de design.

Mas, então, o que são os percursos?

Um percurso é a lista de urls visitados por um utilizador desde que entra num site até que saí dele.

Um percurso comum em muitos blogs hoje é os utilizadores visualizarem a homepage e irem-se embora. Isto acontece especialmente nos casos em que os conteúdos estão completos na listagem.

Se noutros casos este percurso pode dar alguma indicação, isto não acontece neste caso específico.

Se a listagem apenas contiver cabeçalhos dos artigos, e o utilizador apenas visitar a homepage, isso indica-nos que os cabeçalhos listados não conseguiram despertar a atenção do nosso utilizador.

E se os nossos cabeçalhos lhe tiverem despertado a atenção isso também nos é claramente indicado, pois além de visualizarem a homepage irão ver também o url relativo ao(s) artigo(s) que lhes interessaram.

Mas os percursos são especialmente importantes antes e depois de se alterar a estrutura de um site. O estudo da alteração dos percursos aquando da reestruturação de um site permite perceber da eficácia ou não da remodelação.

A capacidade de manter um utilizador no site é também algo que se pode verificar através da análise dos percursos.

Saber que um utilizador que entra no site pela homepage abre vários URLs, sempre a partir da homepage, ou de outras listagens, e em que raramente os utilizadores saltam de um artigo para outros artigos relacionados ao artigo, provavelmente precisaria de uma listagem de artigos relacionados na página do artigo.

Infelizmente, não conheço ferramentas opensource ou disponíveis por um preço aceitável que disponibilizem esta informação.

Ao contrário do que se passa com a maioria das métricas de estatisticas web, devido a ser uma informação complexa de calcular e pouco habitual não existem normalizações em relação a ela.

A quantidade de informação que se extrai desta forma do tráfego de um site depende em grande medida da dimensão do próprio site, e da capacidade de processamento existente.

Se, por um lado, num site de pequena dimensão pode ser interessante conhecer os percursos por unique user. Por outro lado, num grande portal, para manter esta informação utilizável, alguns tops e percursos significativos são o bastante.

Alguns dos dados que se poderiam tentar obter seriam:

  • Percursos mais comuns
  • Percursos mais longos
  • Percursos mais curtos

Esta informação já permite saber com alguma exactidão os caminhos mais usuais num site, e a forma como os utilizadores navegam nele.