Inicialmente, o DNS tinha registos dos tipos A, CNAME, NS e MX. Posteriormente foram adicionados os tipos AAAA, SRV e TXT.
Registos do tipo A
Os registos de DNS do tipo A são a razão final da existência do sistema de resolução de nomes, e o tipo de registos que dá nome ao serviço. Este é, hoje, um dos dois tipos de registos que se destinam a fazer o que o nome diz… resolver nomes.
Os registos do tipo A – de Address – servem para relacionar os nomes de dominios com os endereços IP – os tais números dos servidores de que falamos em artigos anteriores.
Por exemplo:
www.webaserio.com A 69.60.115.53
Este registo indica que o nome www.webaserio.com é servido pelo computador com o IP 69.60.115.53.
Registos AAAA
A internet cresceu de tal forma que o número de IPs inicialmente disponíveis está práticamente esgotado e já não permite acompanhar o crescimento da rede. Hoje existem computadores numa grande percentagem de casas, e cada vez mais existe um computador na mão (ou no bolso) de casa pessoa (os SmartPhones). Para ultrapassar este problema foi criado um novo conjunto de endereços, designados com o nome IPv6.
Os registos AAAA funcionam de forma idêntica aos rregistos A, com a diferença que o endereço é IPv6 e não IPv4.
Infelizmente, hoje, ainda nem todas as redes têm routeamento IPv6 pelo que servidores que esteja em redes IPv6 não são acessíveis a toda a gente. Isto também faz com que os registos de DNS do tipo AAAA ainda não sejam muito comuns.
Registo CNAME
O registo CNAME indica que um nome é um nome alternativo para um outro nome. A consequência mais óbvia disto é que para obtermos o endereço deste nome devemos pedir o endereço do nome indicado por este registo.
O registo CNAME tem implicações também com os registos do tipo MX, mas sobre as complicações entre o CNAME e o MX falaremos mais à frente, num outro artigo desta série.
Para já, a reter, é que o CNAME indica que o nome que estamos a tentar resolver é um segundo nome para um outro nome que nos é devolvido.
Registo NS
O registo NS é o que faz com que a hierarquia de nomes funcione. Este registo indica qual o servidor responsável por resolver os nomes de um domínio.
Na prática, quando configuramos um registo NS estamos a indicar que servidor(es) sabem responder às questões de DNS de um domínio (ou subdominio).
Registos MX
Os registos MX indicam qual o servidor de email para um domínio.
Na prática, quando temos um email do tipo email@example.com, devemos perguntar ao servidor de NS do domínio example.com qual é o servidor de email do domínio, isto é, qual o MX do dominio, e em seguida, enviar o email para esse servidor.
Registos SRV
Os registo SRV permitem definir quais os servidores que suportam um determinado serviço para um domínio.
Este tipo de registos servem para indicar que servidores suportam cada tipo de serviço baseado no domínio para o endereçamento, isto é, em que o tipo de conta seja do tipo <utilizador>@<dominio.com>, com excepção do domínio que, sendo deste tipo (o endereçamento do email é do tipo acima), utiliza os dominio do tipo MX.
Registos TXT
Os registos TXT servem para associar informação ao dominio. Estas informações são com que pequenos ficheiros de texto, que podem conter qualquer informação publica que se pretenda associar ao domínio.
Actualmente, uma das informações mais comuns – mas ainda não comum o suficiente – que podemos encontrar neste tipo de registos são as chavez públicas dos servidores de email, que podem ser utilizadas para validar que um email enviado como se tivesse origem num domínio aí tem de facto origem.
Outros tipos de registos
Implementações diversas de serviços implementam frequentemente alterações ao DNS para suportar outros tipos de registos, uns mais comuns do que outros, mas os registos acima são os mais comuns, e os que são suportados pelos RFCs recomendados pelo IEEE, o organismo responsável pela gestão dos RFCs que definem a maioria dos protocolos base da Internet.
Mas, claro, se acham que outros tipos de registos deveriam constar desta lista deixem-me um comentário para que o pesquise e adicione a esta lista.